“O sorriso é o arco-íris do rosto”, afirmou certa vez o escritor francês Jean Commerson. Além de contar com admiradores entre os artistas, o sorriso também tem fãs no mundo da ciência. Diversos estudos já abordaram esse fenômeno sob diversos ângulos. Veja aqui alguns deles.
Definição
Um sorriso é definido pela curvatura ascendente das comissuras labiais. De acordo com estudo da cientista Marilisa Mesquita, da universidade de Lisboa, esse movimento é realizado com a ajuda do músculo zigomático maior. O sorriso está entre as expressões mais fáceis de serem produzidas e reconhecidas pelos seres humanos.
Média
Em média, uma pessoa ri de 15 a 20 vezes por dia. A informação consta no livro “Ha!”, do neurocientista Scott Weems. Segundo ele, os sorrisos acontecem com mais frequência nos períodos da tarde e da noite do que no horário da manhã.
Epidemia
Uma ataque de riso epidêmico assolou o vilarejo africano de Kahasha em 1962. De acordo com o cientista Robert Provine, o surto causou o fechamento de escolas por seis meses. Estimativas indicam que quase 1.000 pessoas foram contaminadas na epidemia, que só foi totalmente controlada em junho de 1964.
Assaltos
O sorriso dos seguranças pode intimidar bandidos. A descoberta é da agência federal de investigação dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês).
Por meio de um programa de treinamento que ensinava o uso de ações não violentas (como sorrir) na prevenção de crimes, o FBI reduziu pela metade em um ano a quantidade de roubos a banco registrados na cidade americana de Seattle.
Músculos
Sabe aquela fraqueza que dá nas pernas durante um ataque de riso? Ela foi investigada com a ajuda de eletrodos por neurologistas da universidade holandesa de Leiden. Segundo eles, quando estamos diante de uma situação engraçada, o sinal enviado pelo nosso cérebro para os músculos da perna praticamente desaparece. Por isso, fica difícil se manter de pé nessas situações.
Estresse
Rir reduz o estresse. Quem afirma são os cientistas da universidade Loma Linda, nos Estados Unidos. Para um estudo, eles mediram os níveis de hormônios relacionados ao estresse antes e depois de exibirem 20 minutos de comédia para 14 voluntários. Após a exibição, os pesquisadores constataram que a presença desses hormônios nos participantes do experimento era menor do que antes deles verem os vídeos.
Dor
Dar uma boa risada reduz a sensação de dor. A descoberta é de cientistas da universidade inglesa de Oxford. Num experimento, eles mediram a sensação de dor em voluntários. Então, dividiram os participantes em dois grupos e exibiram filmes de comédia e vídeos considerados chatos (como programas de golfe). Submetidos a uma nova medição após os vídeos, os voluntários que tinham gargalhado mostraram capacidade de suportar até 10% a mais de dor do que antes.
Longevidade
Um estudo mostrou que quem ri, vive mais. Nele, fotos de 230 jogadores de baseball tiradas em 1952 foram analisadas por pesquisadores da universidadeWayne, dos Estados Unidos. Após as análises, os cientistas constataram que aqueles que não sorriam nas imagens viveram cerca de 72,9 anos. Já entre aqueles que exibiam um sorriso parcial, o indicador subia para 75 anos. E os mais sorridentes viveram, em média, 79,9 anos.
Coração
Um estudo mostrou que quem ri, vive mais. Nele, fotos de 230 jogadores de baseball tiradas em 1952 foram analisadas por pesquisadores da universidadeWayne, dos Estados Unidos. Após as análises, os cientistas constataram que aqueles que não sorriam nas imagens viveram cerca de 72,9 anos. Já entre aqueles que exibiam um sorriso parcial, o indicador subia para 75 anos. E os mais sorridentes viveram, em média, 79,9 anos.
Gênero
Quem ri mais: homens ou mulheres? Essa pergunta foi respondida por uma pesquisa realizada por neurocientistas da universidade de Maryland, nos Estados Unidos. De acordo com o cientista Robert Provine, as mulheres riem cerca de 20% mais que os homens. Aparentemente, isso aconteceria em função de ser o homem o instigador do riso em diversas culturas.
Sedução
No jogo da sedução, o sorriso tem efeitos diferentes para homens e mulheres. A descoberta é de pesquisadores da universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá.
Num estudo com mais de mil adultos, eles mostraram aos participantes imagens de pessoas do sexo oposto.
No fim, os cientistas constataram que as mulheres se sentiram mais atraídas sexualmente pelos homens que apareciam em poses sisudas. Já entre os homens, a preferência era pelas mulheres mais sorridentes.
Bebês
Bebês prematuros sorriem mais do que aqueles nascidos após 9 meses de gestação. A descoberta está relatada num estudo da psicóloga Emma Otta, da universidade de São Paulo.
Segundo ela, durante observações feitas num berçário, a quantidade de sorrisos de bebês prematuros se mostrou cerca de três vezes maior do que aquela registrada no mesmo espaço de tempo entre recém-nascidos que tinham sido fruto de 9 meses de gravidez.
Cachorros
Um estudo da universidade britânica de Lincoln apontou que quase metade das crianças inglesas são mordidas por cachorros até os 7 anos de idade. E isso acontece porque muitas delas, ao verem um cão mostrar os dentes ao rosnar, entendem que ele está sorrindo e se aproximam do animal. Dessa forma, os pequenos ficam sujeitos a mordidas no rosto e no pescoço.
Amarelo
O sorriso amarelo é diferente do riso verdadeiro. A descoberta é de cientistas doInstituto de Tecnologia do Massachussets. Para chegarem a essa conclusão, eles desenvolveram um sistema computadorizado que, após registrar as reações faciais de diversas pessoas em situações de alegria e frustração, mostrou que sorrisos sinceros crescem gradualmente e demoram mais a desaparecer.
Macacos
Você sabia que macacos também conseguem rir. Já no século XIX, o naturalista inglês Charles Darwin registrou no estudo ” A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais” que, se alguém fizesse cócegas num jovem chimpanzé, ele seria capaz de emitir sons parecidos com risadas.
Poder
As pessoas retribuem mais sorrisos quando percebem quem sorriu como inferior. A constatação é fruto de um estudo apresentado no encontro anual da Sociedade de Neurociência de Nova Orleans, nos Estados Unidos.
Para o estudo, 55 pessoas foram submetidas a uma sessão de vídeos com trabalhadores com diferentes cargos. Nesse experimento, os cientistas constataram que os sorrisos eram mais frequentes quando profissionais com cargos menos importantes apareciam na tela do que quando pessoas com posições de destaque eram mostradas.
Humor
Sorrir de verdade faz bem para o humor. A descoberta é de pesquisadores da universidade de Michigan, dos Estados Unidos. Num experimento, eles avaliaram o desempenho e animação de um grupo de atendentes que distribuíam falsos sorrisos para clientes e outro grupo com funcionários que espalhavam sorrisos sinceros. No fim, os pesquisadores constataram que aqueles que sorriam com sinceridade tinham mais bom humor e trabalhavam melhor que os outros.
Atendimento
Na Áustria e no Paraguai, 96% dos consumidores recebem sorrisos durante atendimentos. De acordo com a estudo global Smiling Report, esses são os dois países com mais atendentes sorridentes no mundo. Com sorrisos em 37% dos atendimentos, o Paquistão foi o país mais sisudo avaliado pelo estudo (que envolveu mais de 1,5 milhão de clientes espalhados por 32 países).
Solidão
Receber um sorriso de um desconhecido reduz a sensação de solidão. O fenômeno foi apontado por um estudo realizado com 239 pessoas na universidade de Purdue, nos Estados Unidos.
Nele, os voluntários deviam passear por um trecho da universidade, onde uma pesquisadora anônima sorriria para alguns, olharia nos olhos de outros e ignoraria uma parte dos participantes. Em avaliações por questionário, os cientistas descobriram que aqueles que tinham recebido um sorriso se sentiam menos sozinhos que os outros.
Alcool
Beber ajuda homens a sorrir. É o que aponta um estudo realizado com cerca de 720 pessoas divulgado pela publicação Clinical Psychological Science. Nele, os participantes foram divididos em três grupos, que receberam drinks com vodka, bebidas sem álcool e sucos (sendo que os últimos foram informados que tomavam drinks alcóolicos). No fim, os cientistas perceberam o número de homens sorrindo durante as sessões com drinks com vodka foi maior do que nas outras duas situações.
Fonte:exame