Famoso pelo seu navegador capaz de reduzir o consumo de dados em até 90%, a Opera lançou no MWC2014 o aplicativo Opera Max. Desta vez, o app da empresa vai além dos sites, prometendo processar e reduzir todo o tráfego de dados gerado por quaisquer apps instalados em seu dispositivo.
Para que isso seja possível, a Opera investiu em processamento remoto, com novos servidores capazes de fazer todo o carregamento das páginas antes mesmo dele chegar ao seu smartphone. Assim, em vez de gastar bateria e tráfego tentando carregar um vídeo, o Opera Max faz isso em seus servidores e já te entrega tudo pronto e mastigado.
O programa é ideal para quem tem o hábito de assistir a vídeos e navegar em redes de fotos via 3G e 4G. Vídeos e fotos são os grandes vilões de consumo de dados, e o Opera Max promete contornar isso de maneira muito simples: ele analisa a necessidade e a banda do usuário e adapta o vídeo ao celular. Há perda de qualidade, que deve ser mais sentida pelos donos de smartphones Full HD; como essa ainda é uma realidade de um número restrito de usuários, as vantagens são grandes para a maioria.
Nos testes o Opera Max foi capaz de reduzir ao menos 30% do tráfego de dados no carregamento de vídeos do VeVo. Há ainda um histórico de uso do Opera Max, que detalha os dados consumidos durante o período de uso por cada aplicativo, além da quantidade de MB economizados no processo.
Um outro detalhe do programa é que ele não é capaz de fazer absolutamente nada se a comunicação estiver criptografada, como acontece em apps como o Facebook. “Se a conexão estiver protegida, ela nem chega aos nossos servidores. Só processamos o que está sem criptografia”, contou o diretor de comunicações Pal Unanue-Zahl.
A criptografia nos leva a uma nova questão: afinal, com o app, a Opera passa a ter acesso a todo seu comportamento online – o que você lê, o que você assiste e o que escuta. Apesar disso, o gerente de vendas da América Latina da Opera, Paulo Gorab, garante que o aplicativo é seguro. “A Opera recebe os dados do usuário e os identifica por um código interno. Temos o histórico de navegação – tudo passa pelos nossos servidores -, mas não a identidade do usuário.”
O aplicativo já pode ser baixado no Play Store americana, em versão beta, mas ainda não está disponível na loja virtual brasileira. De acordo com Paulo, ainda não há previsão para o lançamento da versão final. A novidade é restrita para donos de smartphones e tablets Android.