Nesta quarta-feira, o Botafogo completa um ano fora de sua casa. Já são 12 meses desde a interdição do Engenhão, e a expectativa é de que o estádio fique ao menos mais nove meses em obras até a liberação total. Como novembro já é a reta final do Brasileiro, existe o risco de o uso efetivo só acontecer em 2015.
O último jogo aconteceu no dia 23 de março de 2013, no empate por 0 a 0 entre Flamengo e Boavista. Os relatórios, porém, apontaram que a cobertura gerava risco para os espectadores em caso de ventos fortes. Depois de muito jogo de empurra, as obras começaram sob a responsabilidade do consórcio, que reúne as construtoras OAS e Odebrecht, e têm como objetivo a reforma da cobertura e o reforço dos arcos.
Atualmente, o local virou um canteiro de obras. São máquinas, guindastes, cordas de isolamento e operários por todos os lados. Apesar disso, o Botafogo segue usando a estrutura de vestiários, sala de musculação e o campo anexo para a realização dos treinos. Estas mesmas instalações também devem ser utilizadas por alguma seleção na Copa do Mundo, assim como aconteceu durante a Copa das Confederações.
Diretor executivo do Clube e principal responsável pelo Engenhão, Sergio Landau disse que tem grandes planos para 2015 e que a ideia de uma reabertura parcial, com capacidade para 25 mil pessoas, não será possível.
– Nós temos acompanhado este processo comandado pela Prefeitura. Não recebemos nada diferente do prazo de liberação em novembro, e é com isso que trabalhamos. Não pensamos em nada antes (liberação parcial). A Prefeitura tem feito também intervenções no entorno para facilitar a chegada dos equipamentos. Estamos muito confiantes, acho que em 2015 será um ano bastante interessante para o Engenhão.
Em nota, a Prefeitura do Rio de Janeiro confirmou o prazo de conclusão para o “final de 2014” e explicou em que estágio está a reforma.
“As obras de reforma da cobertura do Estado Olímpico João Havelange seguem o cronograma previsto. No momento, é executada a montagem de 34 torres de escoramento. Erguidas com a ajuda de guindastes, as estruturas metálicas emergem dos degraus da arquibancada para aliviar o peso da cobertura e permitir a instalação dos mastros e tirantes que reforçarão os arcos superiores. Quando a reforma estiver concluída, a cobertura será retensionada e as torres de escoramento serão retiradas. O prazo de conclusão está confirmado para o final de 2014”.