Uma nova exposição do londrino Museu Britânico apresentará ao público surpreendentes descobertas feitas a partir de oito múmias do antigo Egito e uma avançada técnica de escâner, que revelará como eram as mesmas há milhares de anos, anunciou nesta quarta-feira (9) a entidade.
Nesta exposição, os especialistas recorreram à última geração de escâner para analisar oito múmias, incluindo as de duas crianças, da extensa coleção de 120 múmias do Egito e Sudão que o Museu Britânico possui.
A partir dessa técnica avançada, os envolvidos trouxeram à tona detalhes significativos do processo de sepultamento dessas múmias e sobre as pessoas que viviam entre os anos 3,5 mil a.C. e 700 d.C.
Em exposição, que será aberta no próximo dia 22 de maio e se estenderá até 30 de novembro, exibirá ao público detalhes dos rostos dessas múmias, algumas ainda com pelo e pele, conservados graças ao processo de mumificação.
Ao realizar esse processo em uma das múmias, os cientistas descobriram que o cérebro de uma das múmias havia uma espátula armazenada, que, segundo eles, teria sido usada para retirar os sisos do individuo e que pode ser vista claramente com o scanner.
O corpo do homem, original da cidade de Tebas, a antiga capital do Império Novo do Egito, poderia ter sido mumificado por volta do ano 600 a.C, segundo as análises.
Os aparelhos de escâner são capazes de produzir dados de alta resolução, que, por sua vez, podem ser transformados em imagens 3D através do mesmo software usado originariamente para fabricar automóveis.
‘Esta nova tecnologia é verdadeiramente inovadora, o que nos permite reconstruir e compreender as vidas destes oito indivíduos muito diferentes’, disse Neil MacGregor, o diretor do museu.
A exposição incluirá imagens em grandes telas e, inclusive, revelará alguns dos segredos da mumificação.