O primeiro filhote de cachorro clonado do Reino Unido, que nasceu no último mês nasceu no mês passado após um procedimento com custo de 72,7 mil euros (60 mil libras), vai ao ar na noite desta quarta-feira pelo “Channel 4”.
O filhote, da raça “Dachshund” (cachorro salsicha), é fruto de uma clonagem que foi oferecida como parte de uma premiação. Na ocasião, após ter vencido um concurso de cães, a proprietária do animal ganhou a chance de clonar seu cachorro de forma gratuita. O filhote, que nasceu no dia 30 de março com pouco mais de 454 gramas, é uma cópia fiel do cachorro de 12 anos (“Winnie”) da cozinheira britânica Rebecca Smith.
Em declarações ao programa citado, “The £60,000 Puppy: Cloning Man’s Best Friend, que vai ao ar hoje a partir das 22h (locais), Smith afirma que “Winnie” é “o melhor cachorro salsicha do mundo”.
A companhia encarregada de realizar a clonagem do animal, “Sooam Biotech”, garante já ter realizado mais de 500 clonagens de cachorros em todo mundo, embora a de “Winnie” seja a primeira com um cão britânico.
Segundo o jornal “Daily Mirror”, a clonagem foi feita a partir de uma amostra do tecido de “Winnie”, a qual foi armazenada em nitrogênio líquido e enviada para Seul, onde ocorreu seu desenvolvimento.
Na Coreia do Sul, os cientistas introduziram as células de “Winnie” em óvulos de um cão doador da mesma raça para criar um embrião clonado, que posteriormente foi implantado em outra cadela, que fazia a função de “barriga de aluguel”. O filhote, que nasceu por cesárea, foi batizado como “mini Winnie”.
O professor Ian Wilmut, responsável pela clonagem da ovelha “Dolly”, o primeiro mamífero clonado em 1996, assinalou ao “Chanel 4″ que acredita que os donos dos cachorros clonados vão se decepcionar, já que grande parte da personalidade do cachorro provém da maneira que são tratados”, e reconheceu que ele “não teria um (cachorro clonado)”.
Por sua parte, Elaine Pendlebury, veterinária cirurgiã da organização beneficente PDSA – que oferece serviços veterinários de graça a donos de animais sem recursos -, fez questão de indicar que a clonagem “não é uma maneira adequada” de assumir a perda de um animal de estimação.
“É importante lembrar que manipular um DNA idêntico não leva a um filhote idêntico”, ressaltou Pendlebury. Segundo a especialista, “um filhote clonado poderia ter um aspecto idêntico ao original, mas, ainda sim, sua personalidade seria diferente, já que esta se desenvolve a partir das experiências vitais, como o adestramento e a socialização”.
Fonte: Terra