O último suspeito de participar da morte da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, em São Bernardo do Campo, no ABC, foi preso na madrugada desta segunda-feira (29). Thiago de Jesus Pereira, de 25 anos, foi localizado na casa de parentes, em Itapevi, na Grande São Paulo, por volta de 2h40.A polícia chegou à residência após denúncia anônima. Segundo o delegado Valdomiro Bueno Filho, do 2º Distrito Policial de São Bernardo, o suspeito confirmou que fazia parte da quadrilha, mas negou ter participado da ação que terminou com a morte da dentista de 47anos.
Porém, a polícia não tem dúvida de que ele participou do assalto que terminou com a morte a dentista na quinta-feira (25). Ele, que portava uma arma, entrou no consultório de Cinthya, pedindo atendimento urgência. Ela foi queimada viva dentro do consultório, no Jardim Hollywood. De acordo com a polícia, os criminosos resolveram matá-la porque ela tinha apenas R$ 30 na conta bancária.Segundo a polícia, ele estava dormindo no momento da abordagem. Embora não tenha resistido à prisão, ele se identificou como Rafael para despistar os policiais. A semelhança do suspeito com o retrato falado feito por outras vítimas não deixava dúvidas. Ele foi levado para o 2º Distrito Policial de São Bernardo, que investiga o crime.
Na madrugada de sábado (27), foram detidos em uma favela de Diadema, cidade vizinha a São Bernardo, três suspeitos de matar a dentista.
Victor Miguel de Souza, de 24 anos, estava dormindo quando os policiais o encontraram. Outros dois envolvidos estavam em um quarto, na mesma favela. Um deles é adolescente, de 17 anos. O terceiro preso, que pintou o cabelo quando soube que estava sendo procurado, é Jonatas Cassiano Araújo, 21, que foi a uma loja de conveniência sacar os R$ 30 da conta da dentista. O adolescente foi levado para a Fundação Casa e os outros dois já foram para um Centro de Detenção Provisória. A quadrilha já havia levado o terror a outros consultórios. Segundo as investigações, a quadrilha fez pelos menos seis assaltos em consultórios odontológicos. “Eles praticavam o terror para a vítima dizer quanto tinha na conta. Deixavam todas desesperadas”, afirma o delegado Marcos Gomes de Moura.A polícia considera a morte da dentista esclarecida, mas investiga a participação do grupo em outros seis crimes cometidos na capital e na Grande São Paulo. Segundo o delegado Valdomiro Bueno Filho, quadrilha já tinha colocado fogo no cabelo de outras duas dentistas durante assaltos.