A rede pública de saúde do DF conta com o Programa Teleinfarto para tornar o atendimento de vítimas de infarto agudo do miocárdio mais rápido e eficiente. Quando qualquer hospital, UPA ou centro de saúde faz o diagnóstico, aciona uma ambulância exclusiva destinada ao transporte do paciente ao Hospital de Base.
O hospital conta com uma equipe de 11 cirurgiões cardíacos e 43 médicos especializados em coração que atendem nas consultas ambulatoriais, nos exames (hemodinâmica e ecocardiograma), no centro neurocardiovascular, no pronto-socorro, no prédio de internação e UTIs.
Em média, 40 pessoas procuram diariamente o HBDF para atendimento na especialidade. “Hoje temos uma equipe especializada na área cardiológica. Fazemos inúmeros exames e procedimentos”, afirma a chefe do setor de Cardiologia do HBDF, Roberta Oliveira Faria.
Ela acrescentou que a ampliação do funcionamento da Hemodinâmica para 24 horas e a utilização do exame de cintilografia miocárdica foram de grande progresso, pois, segundo a chefe do setor, o número de pacientes que chega ao hospital diariamente é enorme.
De acordo com o Ministério da Saúde, anualmente ocorrem cerca de 300 mil infartos provocando uma média de 80 mil mortes. No ano passado, o Distrito Federal registrou 335 mortes por infarto agudo do miocárdio.
INFARTO
A doença é consequência do entupimento de uma artéria do coração por um coágulo de sangue formado sobre uma placa de gordura, impossibilitando assim que uma quantidade suficiente de sangue chegue até a área do músculo cardíaco. A vítima sofre um processo de morte celular e necrose, podendo levar à morte súbita ou à insuficiência cardíaca, que acarreta limitações físicas até a recuperação do quadro clínico.
A coordenadora da cardiologia da Secretaria de Saúde, Edna Marques, afirma que a doença apresenta sintomas clássicos como dor no peito, podendo irradiar para o membro superior esquerdo, náuseas, vômitos e sudorese.
Porém, ela alerta que o paciente também pode ter dor no pescoço, na região cervical e no estômago. Essa variação está relacionada com a localização do vaso (artéria) obstruída. A cardiologista ressalta, ainda, que pode haver infarto sem dor, que acontece com mais frequência em pacientes diabéticos.
As pessoas com mais chance de ter o problema são, especialmente, as que apresentam fatores de risco como tabagismo, diabetes não controlada, hipertensão não controlada, obesidade, sedentarismo, do sexo masculino e pacientes que possuem casos de familiares que sofreram da doença, além da ansiedade e do estresse.
“Quanto maior a lista de fatores, maior a probabilidade de se ter um infarto. Portanto, é necessário trabalhar para controlar os esses riscos. Portanto a prevenção é factível”, afirma Edna.
Fonte: Alô