Candidato do PR diz que vai ampliar investimentos e reduzir secretarias.
O candidato do PR ao governo do Distrito Federal, Jofran Frejat, disse nesta terça-feira (21) que pretende ampliar o volume de investimentos dos atuais cerca de R$ 300 milhões anuais para R$ 1 bilhão no primeiro ano de governo e R$ 2 bilhões no segundo, caso venha a ser eleito.
O candidato voltou a defender a redução do número de secretarias e de cargos comissionados. “Podemos juntar. Tem várias secretarias que podem ser unidas, que têm o mesmo destino da Secretaria de Assistência Social. (…) Secretaria de Ação Institucional, Secretaria de Ação Internacional. Será que isso está realmente sendo preciso no Distrito Federal?”, afirmou.
O candidato disse que pretende construir hospitais nas regiões mais populosas que ainda não possuem os centros médicos, entre elas São Sebastião, Recanto das Emas e Sol Nascente, em Ceilândia.
“As cidades que tiverem mais de 100 mil habitantes, nós vamos analisar pra ver a necessidade de fazer hospitais. Além disso, [vamos] construir policlínicas, tirar dos hospitais as especialidades clínicas, ou pelo menos colocar em outro local, que o indivíduo possa sair do centro de saúde ou do Programa de Saúde da Família para fazer isso [passar por especialista]”.
Ele também afirmou que vai motivar os médicos, para atrair mais profissionais para a rede pública. “Não é só salário que resolve. O médico não é uma pessoa que está só preocupada com salário. Ele pode conseguir isso numa clínica particular. Tem que dar a ele oportunidade de crescer cientificamente, de ele publicar trabalho. Não acontece mais isso em Brasília”, disse.
Sobre transporte público, Frejat falou da proposta de reduzir a tarifa do ônibus para R$ 1. Segundo o candidato, um grupo de técnicos fez um estudo sobre a possibilidade de se implantar a tarifa zero no DF e constatou que é possível aplicar a passagem a R$ 1.
Segundo o candidato, hoje são gastos R$ 90 milhões com o sistema de ônibus, sendo R$ 40 milhões pagos pelo GDF com passagens de estudantes, idosos e deficientes, R$ 25 milhões custeados por empresas com o vale-transporte e outros R$ 25 milhões com os usuários na catraca dos veículos.
“[O governo] precisa de R$ 15 milhões para resolver essa questão. De onde é que pode resolver? Isso vai dar o quê? R$ 180, R$ 200 milhões [por ano]. O IPVA arrecada hoje R$ 820 milhões”, disse. “Pode-se tirar perfeitamente R$ 180 milhões, R$ 200 milhões, até um pouco mais, até R$ 300 milhões [da arrecadação do IPVA], pode-se tirar e colocar no sistema.”
Segundo Frejat, o metrô não teria redução de tarifa. Ele também disse que problemas de fornecimento de energia impedem a ampliação da malha metroviária para mais regiões do DF.
“Não há energia suficiente em Brasília para a ampliação grande como se gostaria, nem para baixar o preço. A CEB, você sabe da dificuldade. Basta trovejar que a luz apaga, em vários lugares. Nós não temos ainda condição de fazer essa ampliação. Isso seria para o futuro. Ampliação de metrô seria só para Ceilândia, um pouco mais, Samambaia, mais duas estações, e até o Hran. Essa é a proposta.”
Perfil
Jofran Frejat tem 77 anos e é nascido em Floriano, no Piauí. Ele foi escolhido candidato pelo PR depois que José Roberto Arruda renunciou, após sucessivas derrotas na Justiça.
Frejat chegou ao DF em 1963, logo após se formar médico no Rio de Janeiro. Na capital federal, ele foi quatro vezes secretário de Saúde, diretor do Instituto Médico Legal e secretário-geral do Ministério da Previdência.
Em 1987 foi eleito pela primeira vez deputado federal, cargo que ocupou por cinco mandatos. Frejat iniciou a vida política no PFL (atual DEM) e passou também pelo PP, PPB e PTB, antes de se filiar ao PR, em 2007.