O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse nesta quarta-feira (22) que o contingenciamento de R$ 887,9 milhões que sua pasta sofrerá no orçamento deste ano não comprometerá a disponibilidade de crédito para agricultores. O corte representa 23% do montante total previsto neste ano para o ministério.
Nesta quarta-feira, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) anunciaram corte de R$ 28 bilhões em gastos no orçamento da União de 2013. Do total de R$ 3,8 bilhões previstos para a pasta do Desenvolvimento Agrário, restaram R$ 2,9 bilhões para serem gastos este ano, de acordo com tabela apresentada pelo Planejamento.
Pepe Vargas disse que o contingenciamento “não preocupa” o ministério e garantiu que as metas da pasta serão mantidas. Ele falou com a imprensa no Palácio do Planalto após participar de reunião entre a Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) e os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Manoel Dias (Trabalho) e Marcelo Crivella (Pesa e Aquicultura).
“Vamos sentar e discutir isso. Não nos preocupa essa questão. Vocês sabem que todos os anos há um decreto de contingenciamento e isso nós vamos acertar com o Ministério do Planejamento, mas as metas que nós temos são perfeitamente possíveis de serem atendidas”, afirmou Vargas.
O próximo Plano Safra da Agricultura Familiar e o Plano Agrícola e Pecuário – destinado à agricultura empresarial – serão lançados na primeira semana de junho. O montante de recursos disponibilizados pelo governo em forma de crédito aos agricultores será maior que o dos demais anos, de acordo com o ministro. O valor, contudo, ainda não foi divulgado oficialmente.
“A presidente Dilma tem uma posição no que tange a crédito para agricultura, seja para a familiar seja para a empresarial, não deve faltar recursos para crédito. Se for contratado, todo o volume de crédito, o governo libera mais. Então esse não é um assunto que nos assusta”, respondeu Pepe Vargas ao ser indagado sobre o contingenciamento em sua pasta.