O governo do Distrito Federal afirmou nesta quarta-feira (1º) que os salários dos servidores públicos da capital não serão parcelados e serão depositados integralmente na próxima terça (7), quinto dia útil do mês. Os salários dos 160 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas somam cerca de R$ 1,5 bilhão.
Na conta apresentada pelo governo não estão incluídos os funcionários da segurança pública, que representam cerca de R$ 500 mil. O pagamento é feito diretamente pela União, por meio do Fundo Constitucional do DF. O GDF não garante que o salário em parcela única se repetirá nos próximos meses.
“Brigamos com outro leão agora em março, para pagar em abril, e vai ser assim esse ano inteiro. Sobre maio, a gente não pode falar nada. Só no fim do mês”, afirma o secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização, Antônio Paulo Vogel.
Dívidas
Na terça-feira (31), o GDF quitou as faturas que estavam pendentes desde o ano passado com os servidores da educação. As dívidas com a saúde serão liquidadas no final deste mês, segundo o governo. O depósito feito no fim de março chegou a R$ 138 milhões e atingiu cerca de 100 mil servidores.
O avanço nos pagamentos só foi possível a partir do uso dos fundos distritais, aprovado pela Legislativo em fevereiro. À época, o Buriti anunciou que empregaria R$ 60 milhões das contas para pagar férias e 13º atrasados. O projeto prevê que o dinheiro precisa retornar aos fundos até 31 de dezembro.
Concursos em risco
Com um cenário econômico complicado, existe a possibilidade de que os concursos públicos previstos para este ano são sejam realizados. Vogel diz que o GDF está proibido de contratar porque atingiu o limite de gastos com pessoal, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.
O secretário afirma que os processos seletivos que já estão em andamento, relativos a 11 áreas da administração pública, serão concluídos. Mesmo nestes casos, ainda não é possível definir quando os classificados vão integrar o quadro de funcionários. “Vai ser contratado, mas não necessariamente em 2015. Isso depende da condição financeira e orçamentária do GDF”, diz o secretário.