Câmeras de segurança instaladas nas ruas do Distrito Federal pelo governo passado estão desligadas e sem previsão para voltar a funcionar. O projeto de videomonitoramento formulado na gestão de Agnelo Queiroz foi orçado em R$ 26 milhões e previa a instalação de 835 câmeras, mas apenas 508 foram colocadas. O GDF culpa a gestão passada pelo problema.
“Todos nós esperamos que o sistema funcione, que esteja funcionando o mais rápido possível. Mas para ele funcionar é preciso que fique claro, não basta a instalação das câmeras e a geração das imagens. É preciso incluir uma metodologia de trabalho para locação de efetivo, instrução criminal e estabelecer protocolos de uso das imagens”, afirma o secretário de Segurança Pública, Arthur Trindade.
Entre as 508 instaladas, 303 não estão ligadas porque não há um acordo formal com a CEB para o fornecimento de energia. No Riacho Fundo e no Recanto das Emas, nenhum dos 115 equipamentos instalados está em operação. Em Taguatinga e Águas Claras, as 139 câmeras também não funcionam.
Atualmente, apenas 185 câmeras estão ligadas, em Samambaia, Plano Piloto e Itapoã. As imagens são transmitidas para as centrais de monitoramento, que também apresentam problemas. Apenas 2 das 10 previstas estão operando, uma em Samambaia e outra ao lado da Secretaria de Segurança, próximo ao Buriti.
Segundo as forças de segurança, as câmeras ajudam a inibir a ação dos criminosos e contribuem para tranquilizar a comunidade. No Itapoã, cinco câmeras já foram destruídas pelos próprios bandidos, sem previsão de conserto. Das 25 unidades instaladas, 7 estão funcionando. Trindade afirma que todos os equipamentos serão instalados, mas não há prazo para a operação plena do sistema de vídeo.
Fonte: G1