Professores e servidores da saúde invadem plenário e sala da presidente. Eles protestam contra suspensão de reajuste salarial acordado em 2013.
Professores e servidores da Saúde em greve ocuparam a Câmara Legislativa do Distrito Federal no final da manhã desta terça-feira (20). Um grupo de 700 pessoas, segundo a Polícia Militar, invadiu o plenário enquanto outros manifestantes ocupavam o gabinete da presidência da Casa.
Os servidores pedem o pagamento do reajuste salarial acordado em 2013 e que tinha previsão de escalonamento até 2016, dependendo da categoria. Os servidores da Saúde decidiram manter a greve inicada no dia 8 mesmo após a Justiça considerar a greve ilegal. Os professores entraram em greve no dia 15.
Segundo capitão Rodrigo Casas, da Polícia Militar, cerca de 3 mil servidores se manifestavam em frente à Câmara quando um grupo de 700 pessoas invadiu o prédio, por volta das 11h. Não houve confronto, mas a PM fez um cordão de isolamento para evitar a entrada de mais manifestantes na Casa.
“Desde março estamos sem o tíquete-alimentação e agora não vamos receber o reajuste. Esse salário poderia dar uma qualidade a mais de vida para mim e para minha família. Tudo aumentou, e o salário não. Brigamos pelo cumprimento da lei”, disse o diretor do SindiSaude Luciano Rodrigo.
A professora Maria Lucinda Santos diz que a falta de reajuste do tíquete-alimentação faz falta para a família dela. “Eu esperava por esse aumento para colocar meu filho na aula de natação. Seria um aumento de R$ 150, que ajudaria muito. É uma falta de respeito do governo fazer isso com a população. Nós sofremos e os estudantes também.”
A professora de Samambaia Garbenia Maria relata que a suspensão do reajuste nos salários afeta no orçamento dela. “No meu caso, o reajuste seria de R$ 187 nessa última parcela. Esse dinheiro seria uma ajuda na gasolina do mês, por exemplo.”
De acordo com o diretor do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), Samuel Fernandes, a categoria quer a manutenção dos direitos já conquistados pela categoria.
“Há propostas em pauta que prejudicam os professores, como o não pagamento do pecúnio da licença-prêmio, retirada da jornada de trabalho ampliada, retirada do pagamento do auxílio transporte e alimentação de professores em regime de contrato temporário e professores que residem fora do DF tem que comprovar que utilizou transporte público para trabalhar no DF”, disse.