Apesar da queda de popularidade, a presidente Dilma Rousseff continua sendo a favorita para vencer a eleição presidencial do ano que vem.
No cenário mais provável da disputa, Dilma teria 51% das intenções totais de voto, segundo pesquisa Datafolha finalizada sexta-feira com 3.758 entrevistas.
São sete pontos a menos que o verificado no levantamento anterior, de março. Mas ainda assim é o suficiente para liquidar a eleição já no primeiro turno.
Em segundo lugar, com os mesmos 16% da última pesquisa, aparece a ex-senadora Marina Silva, atualmente engajada na criação de um novo partido político, a Rede Sustentabilidade.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi o único que subiu em relação ao levantamento de março. Ele tem agora 14% das intenções de voto, quatro pontos a mais que na pesquisa anterior.
Aécio está tecnicamente empatado com Marina, já que a margem de erro do levantamento é de dois pontos.
Recém-eleito presidente do partido, o pré-candidato tucano foi beneficiado pela exposição intensiva de sua imagem na série recente de propagandas do PSDB no rádio e na televisão.
Nessas oportunidades, Aécio criticou o governo com muita ênfase na inflação, objeto de crescente preocupação da população, conforme a mesma pesquisa.
Em quarto lugar na pesquisa, com 6% das intenções de voto, aparece o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O índice é mesmo obtido por ele no último levantamento.
RECORTES
O melhor desempenho de Dilma ocorre na região Nordeste do país, onde a presidente alcança 59% das intenções de voto.
O Nordeste é também a única região do país em que Campos obtém índice de dois dígitos na pesquisa, 12%.
Entre todos os recortes por renda, idade e escolaridade, o pior desempenho de Dilma está entre os eleitores que declaram ter ensino superior.
Se a disputa fosse feita só nesse grupo, a eleição seria bem mais apertada. Dilma continuaria vencendo, mas com 34%; Marina ficaria com 29%; Aécio, com 19%.
O Datafolha também fez simulações da disputa com os nomes do ex-presidente Lula e do atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.
Lula, que sempre afirma não ter intenção de disputar em 2014, alcançaria mais votos que Dilma: 55%, em seu melhor cenário.
Já Barbosa, popular por ter presidido o julgamento do mensalão, teria 8%.
A pesquisa espontânea dá pistas sobre o grau de interesse dos eleitores a 1 ano e 4 meses do pleito. Quando o entrevistador pergunta pelo candidato preferido sem apresentar nomes de eventuais concorrentes, 50% dos eleitores dizem que ainda não sabem em quem votar.
Nesse tipo de apuração, Dilma é citada por 27% dos eleitores (eram 35% em março); Lula é mencionado por 6%; Aécio, por 4%.