São 30 servidores deslocados do setor administrativo para o atendimento. Objetivo é reduzir espera; Bombeiros e Polícia Civil também terão reforço.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, informou nesta quarta-feira (20) que vai deslocar 30 servidores da área administrativa para o atendimento do 190 – serviço de emergência da Polícia Militar. O número representa acréscimo de 39% no efetivo atual, que conta com 77 atendentes, segundo o chefe do Executivo.
“O objetivo é reduzir o tempo de resposta para que a Ciade tenha um atendimento melhor, com tempo de resposta reduzido, para que a polícia chegue mais rapidamente ao local”, disse Rollemberg.
O serviço no 190 tem gerado diversas queixas de moradores. Eles reclamam que o telefone não atende. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o sistema fica sobrecarregado por causa dos telefonemas que não geram ocorrência.
As centrais telefônicas de outras corporações também vão ter aumento no efetivo. Os bombeiros terão reforço de nove profissionais, totalizando 50. A Polícia Civil terá 20 atendentes, com a inclusão de mais dois funcionários.
A secretária de Segurança Pública, Márcia de Alencar, afirmou que uma ligação demora em média 30 segundos para ser atendida. Após ser registrada, as forças de segurança levam entre 10 e 12 minutos para chegar até o local da ocorrência, diz.
“O efetivo da Ciade será reforçado até o momento em que a população se sinta segura”, disse a secretária. Segundo ela, não há mudanças no sistema da central desde 2003. A pasta vai modernizar o sistema atual, que passará a ter um “mapeamento em tempo real das ocorrências”.
Questionada sobre os índices de violência, a secretária afirmou que Brasília é uma cidade segura e que os moradores precisam ser “acalmados”. “Não podemos transformar determinados fatos conjunturais em uma situação padrão.”
Sobrecarga
Na semana passada, a secretaria informou que o atendimento no 190 tem sido sobrecarregado por pedidos que não geram ocorrência. Segundo a pasta, em dezembro esse número ficou em 20%. O governo pediu que a população colaborasse, “ligando apenas em casos de emergência”.
No mês passado foram 229.269 chamadas ao 190, com 181.399 ocorrências. O restante foram pedidos de informação, trotes ou ligações por engano. “Estas ligações interrompem o fluxo normal de atendimento e causam sobrecarga ao sistema.”