Começa hoje (10), a greve geral dos auxiliares e técnicos de enfermagem, servidores da rede pública de Saúde do Distrito Federal. De acordo com o Sindicato dos dos profissionais de saúde (Sindate-DF), a categoria reivindica melhores condições de trabalho, carga horária, reajuste salarial de 20% e plano de carreira específico. O piso salarial da categoria é de R$1.770,00. Atualmente, existem oito mil servidores distribuídos em toda a capital. Apenas serviços emergenciais continuarão funcionando, com um número reduzido de trabalhadores.
O diretor do Sindate-DF, Nilton Batista, reclama da diferenciação de carga horária dos auxiliares e técnicos de enfermagem. “Todos os profissionais possuem carga horária de 20h, a nossa é de 24h. Queremos igualar isso”, explica.
Segundo ele, o Governo do Distrito Federal reajustou o salário dos enfermeiros pra 15% e dos médicos 69%, deixando apenas a classe sem mudanças. “Só eles têm chance de crescimento na carreira. Somos excluídos”, desabafa.
Segundo Nilton, a decisão de greve foi a última alternativa da categoria. “Tentamos negociar mas nada adiantou. Sabemos que a sociedade precisa do serviço, por isso não vamos parar o serviço emergencial”, explica O diretor ressalta que os servidores estão sobrecarregados. “Trabalhamos muito por pouco. O governo tem que entender que a saúde não é só feita de médicos”.
Nesta segunda-feira, uma assembleia será realizada pela categoria às 9h no Palácio do Buriti. “Pretendemos conversar ainda hoje com o GDF. Ninguém quer ficar de greve, queremos nossos direitos”, informa o diretor.
A Secretaria de Saúde esclarece que está fazendo negociações com os grevistas. O órgão também informa que a pauta proposta está sendo negociada entre a Secretaria de Planejamento e o sindicato da categoria. Já o diretor discorda.
“Ninguém entrou em contato para fazer nenhuma negociação. Estamos esperando um retorno”.