Executivo já pensa em formas de diminuir a taxa
Entre outubro e dezembro de 2015, foram vendidas 841.594 mil refeições nos 13 restaurantes comunitários (RCs) mantidos pelo GDF, de acordo com a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. No mesmo período de 2014, esse número foi de 2.079.357. A queda de 60% demonstra o esvaziamento dos estabelecimentos desde que o preço da refeição subiu de R$ 1 para R$ 3. O reajuste fez parte de um pacote de medidas anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg no ano passado, com o objetivo de minimizar a crise financeira na capital.
De acordo com o subsecretário de Segurança Alimentar e Nutricional da secretaria, Jefferson Urani, há restaurantes que tiveram uma queda de 75% no número de comensais. “A redução foi geral, mas o preço não é o único responsável. O desemprego e o aumento na passagem de ônibus também contribuíram para essa queda”, afirma. Urani garante que, por conta do declínio, já estão sendo estudados caminhos dentro do orçamento distrital para assegurar um valor menor.
“Estamos buscando alternativas, nem que seja para deixar a R$ 2 ou R$ 2,50. Mas ainda não sabemos quando isso pode acontecer.” Cada prato custa, em média, R$ 5,52. Desse valor, R$ 3 são pagos pelo cidadão e o restante é bancado pelo governo. Antes, o Buriti custeava, em média, 80% do total gasto. Agora, esse percentual fica em 45%. Cinco empresas são responsáveis pelo fornecimento dos alimentos — elas são pagas a partir da quantidade de refeições efetivamente servidas. A secretaria prepara uma ata de registro de preço (licitação) para a substituição delas, pois há ameaças de quebra de contrato devido ao menor número de pratos vendidos, pois não há como cobrir os custos. A queda na arrecadação faz com que muitos restaurantes demitam parte da equipe.