Há dois anos, o Executivo lançou programa para recapear mais da metade da malha viária do DF, mas menos de 40% foram executados
Os recursos serão destinados à recuperação de ruas que não haviam sido contempladas pelo Programa Asfalto Novo. O projeto, lançado em 2013, previa investimentos de até R$ 1,9 bilhão para recapear mais de 50% das pistas do DF. Mas, de acordo com a Novacap, menos de 40% dos valores e obras inicialmente previstos foram executados. O governo negocia com o Banco do Brasil a liberação de recursos para a retomada do programa. O Asfalto Novo previa o recapeamento em vias principais e arteriais. Os contratos assinados esta semana destinam investimentos, sobretudo, para pistas internas de conjuntos residenciais — muitas delas nunca passaram por processos de recuperação asfáltica.
O chefe do Departamento de Infraestrutura da Novacap, Giancarlo Manfrin, conta que, dos R$ 112 milhões empenhados, R$ 12 milhões já foram imediatamente liberados. Ele garante que as operações tapa-buraco começam na próxima segunda-feira. “Ao todo, foram assinados 16 contratos continuados de manutenção. Eles preveem, além do trabalho de tapa-buraco, pequenas obras no sistema de drenagem, reparo de bocas de lobo e intervenções simples no trânsito, como obras de retorno ou de acesso”, explica.
Taguatinga Sul e Norte, além de Ceilândia Sul e Norte, terão prioridade na destinação dos recursos porque, de acordo com o governo, são as regiões com asfalto mais prejudicado. “Estamos em contato com as administrações regionais, que passam as demandas ao nosso pessoal. A partir daí, fazemos vistoria e liberamos a execução ou não. Nos casos em que for necessário fazer grandes intervenções, será preciso licitar novamente”, conta Giancarlo Manfrin. A ouvidoria da Novacap também recebe as denúncias e reclamações e encaminha as solicitações às empresas contratadas.
Como a operação tapa-buraco não poderá ser feita em pistas contempladas pelo programa Asfalto Novo, as empresas ganhadoras da concorrência pública receberão mapas das ruas incluídas em cada iniciativa. “As ruas contempladas pelo Asfalto Novo que porventura apresentarem problemas na pavimentação têm que ser analisadas, já que pode haver garantia contratual”, explica o chefe do Departamento de Infraestrutura da Novacap.
A empresa enviou ofícios a concessionárias públicas, como a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), e também a empresas de telefonia, alertando sobre a necessidade de fazer a recuperação asfáltica nos mesmos padrões, em casos de escavações nas pistas. “Em Águas Claras, por exemplo, a Caesb abriu valas e depois recompôs o asfalto em padrão inferior ao executado”, exemplifica Giancarlo Manfrim.