Polícia viu superfaturamento em contratos para amistoso com Portugal. Ex-governador e ex-secretário haviam sido condenados na 1ª instância.
Arruda e Agnaldo tinham sido condenados na primeira instância, que determinou inclusive a suspensão dos direitos políticos dos dois. O tribunal mudou a decisão por entender que não há provas de que eles tenham firmado o contrato com a intenção de lesar os cofres públicos. Eles sempre negaram irregularidades.
O caso
Reportagem publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo” em 2013 apontava que o suposto superfaturamento envolveu as empresas Pallas Turismo, responsável pela hospedagem das seleções, e Ailanto Marketing, que organizou o amistoso. Segundo o jornal, o gasto com hospedagem e alimentação das seleções foi de R$ 79 mil. No entanto, a Pallas Turismo teria cobrado R$ 261 mil. O gasto do GDF com a realização do amistoso foi de R$ 9 milhões.
O Tribunal de Contas do DF aceitou na época a denúncia contra o presidente do Barcelona, Sandro Rosell, um dos sócios da Ailanto, e mais quatro pessoas, entre elas o ex-governador do DF José Roberto Arruda, por suposta fraude na organização do amistoso.
Sobre Rosell pesa a suspeita de ele ter embolsado R$ 1 milhão da cota de R$ 9 milhões recebida pela empresa Ailanto, contratada pelo GDF sem a realização de licitação. O advogado do presidente do Barcelona no Brasil, Antenor Madruga, disse na época que a denúncia era “totalmente absurda”.
“O MP fez uma denúncia depois de dois anos de investigação, uma investigação a que a polícia não havia chegado a nenhuma conclusão, não encontraram nenhum indício de superfaturamento ou corrupção”, afirmou.