A morte do cantor encerra uma das carreiras mais longevas da história da música brasileira
O cantor Cauby Peixoto morreu aos 85 anos em São Paulo. A notícia foi confirmada pela assessoria do cantor a sites de notícias no começo da madrugada desta segunda-feira (16/5). As causas do óbito ainda são desconhecidas. Em uma página definida como fã-clube do cantor, há uma mensagem e uma nota de pesar sobre a morte: “Com muita dor e pesar, informamos aos amigos e fãs que nosso Cauby Peixoto acaba de falecer às 23h50 do dia 15 de maio. Foi em paz e nos deixa com eterna saudades”. Ele havia dado entrada no hospital Santa Maggiore.Cauby Peixoto estava em turnê com a cantora Ângela Maria, de quem era amigo há décadas. Os dois rodavam o Brasil com o show 120 anos de música, no qual interpretavam composições do disco Reencontro (2013) e sucessos marcantes na trajetória de cada um. Em setembro, ele cancelou uma apresentação por conta de uma gripe e, ainda em 2015, ficou internado em uma unidade hospitalar em São Paulo, mas a família não tornou públicos os motivos. O cantor sofria de diabetes.
A morte do cantor encerra uma das carreiras mais longevas da história da música brasileira. Cauby Peixoto, inequivocamente reconhecido pela música Conceição, começou a trajetória artística há quase sete décadas, em fins de 1949, quando trocou um emprego no comércio pela sorte nas apresentações como calouro das rádios, canto já experimentado em coral da igreja e em boates ainda durante a infância e a adolescência.
Voz aveludada, venceu mais de uma dezena de concursos musicais nas rádios e começou a consolidar uma carreira marcada pelo fortalecimento da música brasileira durante a Era de Ouro do Rádio, da qual foi um dos expoentes. Lançou o primeiro disco em 1951, Saia branca, mas só viria engatar de vez sucessos depois de o irmão Moacyr apresentá-lo a Di Veras, empresário reconhecido no mercado à época, através de quem ele conseguiu chegar à Rádio Nacional e, depois, a plateias internacionais.
Coube ao administrador da carreira do músico reformular o visual de Cauby e revestir-lhe de uma aura de elegância para fazer frente aos artistas da metade do século passado. Desde então, a indumentária e a aparência bem cuidadas, aliadas a uma expressão sedutora no palco, se tornaram uma marca inconfundível do intérprete – modificadas a partir da década de 1970, quando ganhou contornos mais extravagantes. Ainda na década de 1950 e sob a tutela de Di Veras, Cauby alcançou o quinto lugar entre os músicos mais tocados nos Estados Unidos, por onde fez turnê. Foi chamado de Ron Cauby e chegou a gravar LPs em solo norte-americano, entre idas e vindas ao Brasil. Em 1956, gravaria o maior sucesso do percurso profissional, Conceição, cantada por ele no filme Com água na boca.
Em quase sete décadas de carreira, a discografia do cantor registra mais de 140 discos lançados. O último saiu em 2015 pela Biscoito Fino, A bossa de Cauby Peixoto. Com a colega Ângela Maria, gravou pelo menos seis. O cantor também era voz recorrente em produções para o cinema. Entre os anos de 1950 e a virada do século, foram 14 participações em filmes.
Documentário
Em 2015, a história de Cauby Peixoto foi levada às telonas pelas mãos do cineasta Nelson Hoineff. Entre particularidades artísticas e pessoais eploradas no documentário, há referência à sexualidade do cantor, com histórias sobre descobertas sexuais com meninos narradas pelo próprio Cauby.
A morte do cantor encerra uma das carreiras mais longevas da história da música brasileira. Cauby Peixoto, inequivocamente reconhecido pela música Conceição, começou a trajetória artística há quase sete décadas, em fins de 1949, quando trocou um emprego no comércio pela sorte nas apresentações como calouro das rádios, canto já experimentado em coral da igreja e em boates ainda durante a infância e a adolescência.
Voz aveludada, venceu mais de uma dezena de concursos musicais nas rádios e começou a consolidar uma carreira marcada pelo fortalecimento da música brasileira durante a Era de Ouro do Rádio, da qual foi um dos expoentes. Lançou o primeiro disco em 1951, Saia branca, mas só viria engatar de vez sucessos depois de o irmão Moacyr apresentá-lo a Di Veras, empresário reconhecido no mercado à época, através de quem ele conseguiu chegar à Rádio Nacional e, depois, a plateias internacionais.
Coube ao administrador da carreira do músico reformular o visual de Cauby e revestir-lhe de uma aura de elegância para fazer frente aos artistas da metade do século passado. Desde então, a indumentária e a aparência bem cuidadas, aliadas a uma expressão sedutora no palco, se tornaram uma marca inconfundível do intérprete – modificadas a partir da década de 1970, quando ganhou contornos mais extravagantes. Ainda na década de 1950 e sob a tutela de Di Veras, Cauby alcançou o quinto lugar entre os músicos mais tocados nos Estados Unidos, por onde fez turnê. Foi chamado de Ron Cauby e chegou a gravar LPs em solo norte-americano, entre idas e vindas ao Brasil. Em 1956, gravaria o maior sucesso do percurso profissional, Conceição, cantada por ele no filme Com água na boca.
Em quase sete décadas de carreira, a discografia do cantor registra mais de 140 discos lançados. O último saiu em 2015 pela Biscoito Fino, A bossa de Cauby Peixoto. Com a colega Ângela Maria, gravou pelo menos seis. O cantor também era voz recorrente em produções para o cinema. Entre os anos de 1950 e a virada do século, foram 14 participações em filmes.
Documentário
Em 2015, a história de Cauby Peixoto foi levada às telonas pelas mãos do cineasta Nelson Hoineff. Entre particularidades artísticas e pessoais eploradas no documentário, há referência à sexualidade do cantor, com histórias sobre descobertas sexuais com meninos narradas pelo próprio Cauby.