Militar ‘se confundiu’ e atirou contra carro de estudantes em 2013, diz ação. Para jurados, erro não foi intencional; caso será remetido ao Tribunal Militar.
O júri popular entendeu que o crime não foi intencional (doloso) e reverteu a acusação para homicídio culposo. O julgamento aconteceu no início do mês e a sentença foi divulgada nesta terça (17).
Com a mudança, o processo será remetido ao Tribunal Militar, que fica responsável pelo julgamento da causa. Os tiros supostamente disparados pelo PM feriram a estudante Karla Pamplona Gomes e mataram José Chaves Alves Pereira. Os dois estavam em um carro e foram confundidos com assaltantes, segundo o processo.
Na época do crime, em 2013, as polícias Civil e Militar procuravam por três suspeitos que haviam roubado um carro em Taguatinga e estariam usando o veículo em um sequestro relâmpago (veja vídeo). A dupla atingida pelos tiros estava em um automóvel semelhante, mas não tinha nenhum envolvimento com a suposta quadrilha.
Um dos tiros atingiu a cabeça de Karla de raspão antes de acertar José Chaves em cheio. O jovem foi levado ao Hospital de Base, mas não resistiu. Outros dois estudantes estavam no banco de trás do carro, mas não ficaram feridos.
O caso foi analisado pelo júri popular como homicídio doloso e tentativa de homicídio com dolo. Na sentença, os jurados acataram a teoria da defesa, de que o PM não agiu de má-fé.