Alta em relação a casos de 2015 é de 94,3%; 21 tiveram doença agravada. Balanço também indica 111 registros de chikungunya e 170 de vírus da zika.
O Distrito Federal registrou 15.167 casos confirmados de dengue entre o dia 1º de janeiro e a última segunda-feira (6), diz balanço divulgado pela Secretaria de Saúde. O número representa aumento de 94,13% em relação às 7.813 ocorrências no mesmo período do ano passado. Em 2016, 12 pessoas já morreram em decorrência da dengue no DF.
Pelos critérios da Organização Mundial de Saúde, 20 das 31 regiões administrativas do DF enfrentam epidemia da doença, se considerados os números acumulados desde janeiro. O órgão usa o termo epidemia quando há mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes, sem período definido para o cálculo.
O balanço aponta que 21 pessoas manifestaram o tipo grave da doença, conhecida como hemorrágica. Destas, 12 morreram e 9 se curaram. Desde o início do ano, o DF registrou todos os quatro sorotipos identificados do vírus.
A febre chikungunya é uma doença viral com sintomas parecidos com a dengue e transmitida pelos mesmos mosquitos, os Aedes aegypti e o albopictus. Entre eles estão dores fortes, principalmente, nas articulações, de cabeça e musculares, manchas vermelhas na pele e febre repentina e intensa, acima de 39 °C.
A recomendação em ambos os casos é de repouso absoluto e ingestão de líquidos em abundância. A automedicação é perigosa, porque pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro da doença.
Como ainda não existe vacina contra o vírus, o melhor método de prevenção está no combate à proliferação dos mosquitos transmissores. As recomendações são as mesmas já conhecidas para o combate à dengue: evitar água parada em baldes, vasos de plantas, ralos e outros recipientes.
Já a zika é caracterizada por manchas, mesmo com ausência de febre. “Podem vir aquelas manchas vermelhas pelo corpo e olhos vermelhos mesmo sem ter febre. O problema é que, apesar da pouca mortalidade, se a pessoa contrair durante o período que está grávida pode dar problemas na criança”, diz a médica infectologista Rita Uchoa.
Zika e chikungunya
O DF registrou 111 casos da febre chikungunya em 2016. O número é bem maior que os 6 confirmados no mesmo período de 2015, quando a doença ainda era pouco conhecida pelas autoridades brasileiras. O vírus começou a se espalhar de forma mais agressiva no segundo semestre do ano passado.
Desde janeiro, o vírus da zika foi confirmado em 170 pacientes, em meio a 696 notificações (suspeitas). O micro-organismo também surgiu no segundo semestre e, por isso, não há como comparar com dados de 2015. As regiões de Taguatinga, Asa Norte, Águas Claras, Lago Norte e Asa Sul lideram no número de ocorrências.