Dívida dos estados foi discutida por 14 governadores e 4 vices em Brasília.
Grupo discute propostas para amenizar crise financeira dos estados.
Governadores e vices reunidos em Brasília nesta segunda-feira (20) vão apresentar ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, propostas para amenizar a crise financeira dos estados. Logo após a reunião com Meirelles, eles devem se encontrar com o presidente em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto.
O grupo se reuniu na manhã desta segunda-feira na residência oficial do governo do DF em Águas Claras para discutir uma pauta comum a ser apresentada ao governo federal. Aos menos 14 governadores e quatro vices participaram da reunião, que foi fechada. Também havia secretários de Fazenda de outros estados.
Segundo a assessoria do governo do Distrito Federal, os governadores eram dos estados doAlagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Rio Grande do Norte, Amazonas, Espírito Santo,Rondônia, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Os vice-governadores são do Piauí, Acre, Pará e Bahia.
Ao chegar à reunião, o secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes, disse que o estado, um dos que apresenta uma das mais graves crises financeiras, não cogita a decretação de estado de calamidade, como fez o Rio de Janeiro. Segundo ele, o Rio Grande do Sul quer mais tempo de carência para pagar sua dívida com a União.
O vice-governador da Bahia, João Leão, disse que a situação do estado dele é “estável” e que a proposta defendida pelo governo é a retomada de operações de crédito para o estado nordestino, para investimento. Para ele, a decisão do Rio de Janeiro “puxou a corda” para retomar as negociações dos estados com a União.
No fim da reunião, os políticos saíram sem falar com a imprensa e seguiram para o Ministério da Fazenda para se reunir com o ministro Henrique Meirelles.
Protesto
Durante a reunião na residência oficial de Águas Claras, servidores da Caesb, que estão em greve, fizeram manifestação em frente ao local. O ato reuniu cerca de 20 pessoas, que levaram um carro de som. A categoria pede reposição da inflação dos últimos 12 meses. Uma equipe da Polícia Militar permaneceu na entrada da residência durante o protesto.