O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, afirmou nesta segunda-feira (17) que a atuação da Polícia Militar na repressão dos protestos contra os gastos na Copa das Confederações ocorrido pouco antes da abertura do evento, com a partida entre Brasil e Japão neste sábado, ocorreu para “proteger o cidadão, combater a legalidade”. Segundo ele, os agentes só agiram quando o grupo tentou invadir o estádio. Ele afirmou que os manifestantes foram pagos para realizar o ato. O grupo nega que tenha sido financiado e afirma que houve truculência por parte da polícia.
“Ali tinha gente com objetivo de prejudicar essa festa, passar uma imagem negativa. […] Uma manifestação que não tinha uma bandeira, não tinha uma proposta”, “Ali, durante todo o percurso, a polícia apenas acompanhou, eles passaram por várias áreas e barreiras que não poderiam ter passado. […] A polícia acompanhou e protegeu a entrada e por ali podia fazer a manifestação que fosse. […] Quando passou do limite, que ameaçava o evento [a polícia agiu].”
Responsável pela organização do protesto ocorrido na sexta, Chico Carneiro afirmou que os manifestantes dois dois eventos eram voluntários. Ele também reforçou o caráter pacífico da ação e disse que em nenhum momento houve intenção de entrar em confronto com a polícia. Outras pessoas que estavam no local afirmaram que a reação da PM foi desproporcional.
Uma estudante da Universidade de Brasília que ficou ferida durante a ação disse que não havia necessidade do uso de gás lacrimogêneo nem de tiros de borracha. A garota foi atingida de raspão na perna e também recebeu spray de pimenta no rosto. Ela precisou ser atendida pelo Samu.
A Polícia Civil informou que investiga a relação entre os protestos ocorridos na sexta e o de sábado, que fechou o Eixo Monumental com queima de pneus. Duas pessoas foram presas na madrugada de sábado suspeitas de tentar alterar semáforos e prejudicar o trânsito na abertura do jogo.