Ao desbloquear aparelho, usuários geram receitas para causas humanitárias. Ideia surgiu em maio e app deve ficar disponível para download em um mês.
Três alunos da Universidade de Brasília (UnB) criaram um aplicativo que permite a usuários doarem para causas humanitárias mesmo sem ter dinheiro. A receita do aplicativo vem de anunciantes, que pagam cada vez que uma propaganda é vista quando o dono do smartphone desbloqueia a tela.
O grupo teve a ideia em maio, quando três alunos de computação, engenharia de produção e design se uniram para criar o “Ribon”. O nome do aplicativo é uma referência à palavra inglesa que significa “laço”. O software, desenvolvido pelo estudante Carlos Menezes e outros dois empresários júnior, leva “conteúdo relevante” patrocinado para os usuários do aplicativo.
A cada vez que o usuário abre o celular, ele entra em contato com um anúncio. A verba repassada para no Ribon termina indo para ONGs ou outras instituições de combate a fome, sede e doenças nas regiões mais pobres do mundo.
Segundo o site do aplicativo, cada pessoa desbloqueia o celular, em média, 150 vezes ao dia. Os estudantes afirmam que, em dez dias de uso do aplicativo, é possível doar água potável para uma pessoa durante 25 dias. O Ribon fica disponível para download em um mês e o sucesso vai depender da adesão dos usuários.
Empreendedorismo
O criadores do aplicativo são membros de empresas juniores da UnB. Por lá, o empreendedorismo tem despertado o interesse dos alunos da instituição. A estudante de comunicação organizacional Késia Zaiden diz que lidar com projetos de verdade ajuda no desenvolvimento dos alunos.
“A gente acaba desenvolvendo muitas qualidades em relação a projetos mesmo, porque você lida com projetos reais. A empresa júnior, ela é uma empresa de um custo muito mais baixo, então pequenos e microempreendedores costumam procurar muita gente”, afirmou Késia.
Para a estudante de jornalismo Flávia Castro, os jovens podem mudar o mundo ao redor. “A gente tem muito potencial, muito poder de impactar a sociedade e essa é a nossa intenção. A gente quer gerar valor a gente quer mudar a nossa realidade. Existem encontros de empresas juniores”, declarou.
“Então, como aconteceu com a Ribon, são pessoas de empresas juniores diferentes que se encontram nesses eventos e aí elas descobrem habilidades que podem se juntar e gerar impacto para a sociedade”, emendou a estudante.