Órgãos de segurança simularam ameaça de uso de substâncias químicas. Órgãos de segurança ‘estão prontos’, diz comandante da PM do DF.
A Polícia Militar do Distrito Federal e o Exército fizeram uma simulação de resgate de atentado terrorista na noite desta quinta-feira (28) na Estação Central do Metrô de Brasília. A ação faz parte da preparação das equipes para os Jogos Olímpicos – dez partidas de futebol ocorrerão na capital federal entre 4 e 13 de agosto.
A ação aconteceu em um vagão do metrô que estava supostamente tomado por terroristas. Os militares simularam o combate ao grupo de cinco pessoas que fez entre 60 e 80 reféns. Para o exercício, os militares escolheram a suspeita de uso de substâncias químicas.
Na simulação, as forças de segurança tiveram que resgatar pessoas feridas na plataforma do metrô e salvar o grupo que estaria em posse dos criminosos. No início do exercício, policiais militares tentaram tomar conta da situação, mas precisaram chamar o apoio do Batalhão de Ações e Comandos, que estava na parte superior da estação.
Na chegada dos militares, foi possível ouvir a explosão de bombas. A energia elétrica da estação foi cortada e os militares se aproximaram sem serem vistos pelos supostos terroristas. Segundo o comandante tático da simulação, Ricardo Rabelo, a ação foi realizada às escuras para impedir um contra ataque dos criminosos.
“Buscamos o contato com os perpetradores, para tentar iniciar uma negociação, mas não houve sucesso. Então a gente passou para outra alternativa, que é de libertar os reféns por meio do assalto. Tomamos um dispositivo e resolvemos apagar as luzes para ganhar surpresa e assim obtermos vantagem na hora de executar a ação e libertar os reféns.”
Os militares desceram ao vagão com lanternas acesas e explodem mais bombas. Após conseguirem entrar no vagão e resgatar as vítimas, os militares retiraram todas as pessoas escoltadas, com mãos na cabeça e em fila, para evitar confusão na hora de identificar vítimas e terroristas.
De acordo com o comandante geral da PM do DF, coronel Marco Antônio Nunes, a ideia é a corporação agir em um primeiro momento e chamar o reforço das tropas especiais caso seja necessário.
“O Corpo de Bombeiro e as Forças Armadas estão prontos para isso e trabalhando conjuntamente. Então, todos os órgãos vão trabalhar integrados nas Olimípiadas.”
Na saída para a superfície, os militares organizaram um caminho com cones para evitar que as pessoas entrassem em contato por conta da suspeita de contaminação depois das explosões de possíveis substâncias químicas.
“Nosso momento foi no segundo momento, depois que a área estava segura para gente pode entrar e fazer o transporte, tratamento a triagem das vítimas e levar para o hospital de referência.”, disse o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, David Santos.
Segundo o general do Exército César Leme Justo, as corporações esperam que as ações não ocorram, mas considera importante o preparo para qualquer ocorrência. “É importantíssimo fazer isso, ensaiar todas essas atividades para que durante os jogos estejamos em condições.”