A peça traz as várias nuances em torno da vida amorosa da pintora Frida Kahlo
A história amorosa e a trajetória artística dos ícones da arte mexicana Frida Kahlo e Diego Rivera chega em formato teatral à capital neste final de semana, com o espetáculo Frida y Diego.
Baseado em livros, cartas e muita pesquisa, o texto escrito por Maria Adelaide Amaral, dirigido por Eduardo Figueiredo e interpretado por Leona Cavalli e José Rubens Chachá teve inspiração nas nunces que envolveram a vida de Frida. O foco está principalmente na história amorosa da mexicana.
O espetáculo traz os momentos felizes, o sofrimento e a paixão de Frida por Diego. A obra é narrada a partir do reencontro dos dois, após traumática separação entre o período de 1929 e 1953. Durante a encenação, para ilustrar a decepção da artista ao descobrir a traição do marido com a irmã dela, serão projetadas as obras de autorretrato de quando Frida cortou o cabelo.
Em entrevista ao Correio, a atriz Leona Cavalli conta que já era fã de Frida há algum tempo e quando foi convidada para dar vida ao personagem, mergulhou de vez na história de vida da artista. Ela foi inclusive à Cidade do México para conhecer a casa do ícone feminino, que hoje funciona como museu.
“Interpretar a Frida é um grande desafio, pois ela é um nome de peso e deixou um grande legado. Tive que me desapegar de todo conhecimento já existente e mergulhar de cabeça na personagem. Também aprendi muito com a forma que a Frida encontrou de canalizar sua dor em arte”, diz.
Amor e superação
Desde cedo Frida teve uma história de vida muito conturbada. Aos seis anos, foi vítima de poliomielite, doença que a deixou com dificuldades de locomoção. Aos 18 anos, Frida sofreu um grave acidente que a deixou na cama por muito tempo. No mesmo período aprendeu a técnica da gravura com Fernando Fernandez.
Tempos depois, conheceu e se apaixonou por um dos mais renomados artistas do país, o muralista Diego Rivera. Foi a partir desse romance que Frida passou a retratar o próprio sofrimento por meio das obras de arte.
Por consequência das dores pós-acidente e das decepções envolvendo a relação com Diego, a artista tentou se matar algumas vezes. Em 13 de julho de 1954, foi encontrada morta em sua cama, vítima de pneumonia. Seu corpo foi cremado e as cinzas, depositadas em uma urna em sua antiga casa, que hoje funciona como Museu Frida Kahlo.
SERVIÇO
Frida y Diego
Teatro Unip (913 Sul). Amanhã, às 19h30 e às 21h30, e domingo às 19h. Ingressos a R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). Não recomendado para menores de 12 anos. Informações: 3522-9521.