Estudantes de vários cursos da área de tecnologia fazem parte do projeto
A ajuda de robôs em cirurgias não é coisa de ficção em vários hospitais pelo mundo afora. No Brasil, entretanto, devido aos altos custos da matéria-prima importada, esse tipo de tecnologia ainda é uma realidade distante no Sistema Único de Saúde. Uma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e o Ministério da Saúde, porém, pretende iniciar uma revolução nesse setor. O projeto desenvolve o protótipo de um robô, que vai auxiliar no procedimento cirúrgico de laparoscopia — incisão pouco invasiva indicada, principalmente, para a remoção de vesícula e apêndice.
O projeto, denominado Clara, é idealizado e desenvolvido por professores e alunos da UnB de diversas áreas da tecnologia. “Estamos desenvolvendo um protótipo que substituirá o homem no procedimento de segurar o endoscópio durante a cirurgia”, sintetiza Mariana Bernardes, coordenadora do projeto e professora de engenharia eletrônica na universidade. De acordo com ela, o robô será controlado pelo próprio cirurgião, o que facilitará o trabalho, já que não será mais necessária a coordenação, entre duas pessoas, do local da câmera. Outra vantagem é que não haverá mais problemas de imagens tremidas por conta da fadiga humana. Além disso, com a redução de pessoas circulando na sala de cirurgia, o espaço para trabalho, que costuma ser apertado, será um pouco maior, possibilitando maior conforto aos médicos.
Mariana coordena um grupo de 10 alunos, que são os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto. Os estudantes, em sua maioria graduandos, cursam áreas da tecnologia, como mecatrônica, engenharia da computação, engenharia biomédica, ciência da computação, engenharia eletrônica e engenharia mecânica. Thiago Rocha, 30 anos, faz doutorado em engenharia biomédica e se aplicou para o projeto há cerca de um ano, passando, assim, por todo o desenvolvimento do robô. “Meu papel nesse projeto é fazer a parte mecânica de projetar as peças que serão usadas no robô e também definir a atuação de cada peça”, explica Tiago. Ele afirma que chega a passar cerca de 8 horas por dia, incluindo fins de semana, no laboratório. Apesar de todo o trabalho, diz que é uma sensação muito gratificante poder participar da iniciativa.
A sensação é a mesma para alunos de graduação. Dayanne Fernandes, 22, estuda ciência da computação e diz que o trabalho no protótipo é constante. Até durante as férias de julho, ela passava horas no laboratório. “Eu entrei nesse projeto, na verdade, para buscar a prática que o meu curso não oferece. Ciência da computação é um curso muito teórico. Quando cheguei aqui, comecei a cuidar da construção de sistemas, interfaces gráficas, sistema de reconhecimento de som e de integração dos subsistemas e me apaixonei ainda mais por robótica”, vibra Dayanne.
Resultado
A expectativa de conclusão do protótipo, de acordo com Mariana, é dezembro deste ano. Depois, haverá um período de testes, até julho de 2017. A equipe está desenvolvendo ainda uma ferramenta — espécie de simulador para que o cirurgião possa treinar e se adaptar com o equipamento do robô. Esse equipamento também deve estar pronto no segundo semestre do ano que vem. Mariana afirma que, após a fase de testes do protótipo, eles esperam conseguir fechar contrato com alguma empresa que comercialize e produza o robô.
A ajuda de robôs em cirurgias não é coisa de ficção em vários hospitais pelo mundo afora. No Brasil, entretanto, devido aos altos custos da matéria-prima importada, esse tipo de tecnologia ainda é uma realidade distante no Sistema Único de Saúde. Uma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e o Ministério da Saúde, porém, pretende iniciar uma revolução nesse setor. O projeto desenvolve o protótipo de um robô, que vai auxiliar no procedimento cirúrgico de laparoscopia — incisão pouco invasiva indicada, principalmente, para a remoção de vesícula e apêndice.
O projeto, denominado Clara, é idealizado e desenvolvido por professores e alunos da UnB de diversas áreas da tecnologia. “Estamos desenvolvendo um protótipo que substituirá o homem no procedimento de segurar o endoscópio durante a cirurgia”, sintetiza Mariana Bernardes, coordenadora do projeto e professora de engenharia eletrônica na universidade. De acordo com ela, o robô será controlado pelo próprio cirurgião, o que facilitará o trabalho, já que não será mais necessária a coordenação, entre duas pessoas, do local da câmera. Outra vantagem é que não haverá mais problemas de imagens tremidas por conta da fadiga humana. Além disso, com a redução de pessoas circulando na sala de cirurgia, o espaço para trabalho, que costuma ser apertado, será um pouco maior, possibilitando maior conforto aos médicos.