Apesar do aumento da procura, o segmento enfrenta desafios em um novo panorama
Na última década, as novas gerações têm se familiarizado cada vez mais com um antigo modo de ouvir música. Os bolachões voltaram com força total na cidade, impulsionados pela discotecagem brasiliense. Apesar de atender a um nicho de clientes mais limitado, se comparado a outros tempos, as lojas que vendem os famosos long plays exibem com orgulho a arte que vai além dos vinis e invade encartes que marcaram gerações.
Depois de observar a ascensão dos LPs, o empresário Luis Moreira abriu em maio deste ano as portas da Atlântida Discos, no Conic, que, além da venda de vinis, abriga um diminuto café e revende toca-discos. “Grande parte das pessoas que compram vinis não tem a vitrola para ouvi-los. Percebi essa demanda reprimida de mercado e comecei a consertar aparelhos usados que estão em bom estado de conservação”, pontua Luis, que entre os exemplares exibe aparelhos populares nos anos 1980.
Proprietário de uma loja de artigos para skate no mesmo endereço, Moreira iniciou a venda do acervo pessoal de vinis em sites de venda. A loja física apresenta 1.500 títulos que passam por um trabalho de restauro e higienização. Grande parte dos bolachões da Atlântida Discos é do gênero MPB, seguido de rock internacional, jazz, blues e black music.