Em menos de 12 horas, o Distrito Federal registrou três assaltos com quatro vítimas feitas reféns. Brasília, que há anos era sinônimo de segurança, tem dado lugar ao medo. Os casos mais recentes escancaram a sensação de insegurança vivida pelos moradores. Seja no Plano Piloto, seja nas regiões administrativas do DF, há relatos diários de vítimas de violência. Dois deles ocorreram na madrugada de ontem. Na 912 Sul, três homens armados com revólver e faca assaltaram uma faculdade particular e renderam os seguranças. Eles foram amarrados e ameaçados com uma arma. Os assaltantes fugiram com dois celulares, uma televisão, um colete à prova de balas e R$ 150. A 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) investiga o caso.
Também na madrugada de quarta, quatro assaltantes encapuzados roubaram o Centro Educacional São Francisco, conhecido como Escola do Chicão, em São Sebastião. Armados com revólveres e facões, os bandidos amarraram o vigilante e levaram 18 televisões e dois computadores em um caminhão. O funcionário só conseguiu se soltar duas horas depois e contou aos policiais da 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião) que recebeu ameaças de morte.
Na tarde de domingo, dois homens roubaram uma residência no Condomínio Privê Morada Sul, no Jardim Botânico. Amordaçaram, amarraram e trancaram um adolescente de 17 anos em um dos quartos. Segundo a Polícia Civil, o jovem estava na sala, sozinho, jogando videogame, quando a dupla entrou, armada com três facas retiradas da cozinha da própria casa. Os criminosos fugiram com uma televisão e um videogame. A 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) investiga.
O comércio da 308 Sul também sofre com a violência. Na madrugada de segunda-feira, bandidos usaram a tampa de um bueiro para quebrar o vidro e invadir uma ótica. “Tivemos um prejuízo de cerca de R$ 80 mil. Foi um susto, quando chegamos para trabalhar”, lembra a gerente da loja, Samantha Fonseca, 30 anos. Ela lembra que assaltos a pedestres são frequentes. “Hoje de manhã (ontem), roubaram uma funcionária quando estava vindo trabalhar. Isso ocorreu às 8h, chega a ser absurdo.” Samantha conta que as lojas vizinhas também sofrem com a criminalidade. “Todos aqui têm algum relato sobre assalto. Precisamos de policiamento.”