Encontros com o governo federal e resistência a reajustes aos servidores públicos são algumas das medidas adotadas para driblar a crise financeira
Desde outubro, a contabilidade da Administração Pública não fecha. Para garantir o salário dos servidores públicos, o governo optou por atrasar o pagamento de fornecedores, como contratos de empresas terceirizadas e de compra de gasolina das ambulâncias. Fora os débitos em aberto, avaliados em R$ 1,2 bilhão, contraídos antes de 2014, na gestão Agnelo Queiroz. Entretanto, apesar da fragilidade, o secretário de Fazenda, João Fleury, garante que não há risco de a capital federal decretar estado de calamidade financeira, como fizeram o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro.
A crise do Distrito Federal fez com que o governador Rodrigo Rollemberg se tornasse um dos protagonistas na briga das unidades federativas para conseguir ajuda financeira da União. Afinal, em 2016, o DF perdeu R$ 382 milhões em recursos do Fundo Constitucional. Na última terça-feira, Rollemberg se reuniu com governadores na residência oficial de Águas Claras. À tarde, o grupo se encontrou com o presidente da República, Michel Temer, e com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no Palácio do Planalto (leia Memória). Os Executivos estaduais devem apresentar nesta semana um conjunto de propostas para o governo federal em contrapartida ao auxílio financeiro.