Ao todo, foram 19.957 casos confirmados da doença na capital. Pessoas contaminadas com o vírus da zika e da febre chikungunya também aumentaram.
O Distrito Federal teve 19.957 casos confirmados de dengue em 2016, segundo o último boletim da Secretaria de Saude do DF. O número representou um aumento de 97% em relação a 2015, em que houve 10.144 casos. Ao todo, 22 pessoas morreram em 2016 (cinco a menos do que em 2015) por causa da doença.
Em 89% dos casos, os moradores são residentes do DF. Assim como em 2015, Brazlândia foi a região em que houve mais casos na capital, com 1.942 pessoas com a doença. Em segundo lugar, aparece Ceilândia (1925), São Sebastião (1750), Taguatinga (1496), Planaltina (1.422) e Samambaia (1.388). Somadas, estas regiões concentram 56% dos casos do DF.
Zika Vírus e febre chikungunya
A secretaria de Saúde também divulgou dados do zika vírus e da febre chikungunya, doenças também transmitidas pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Foram identificados em 2016, 198 casos de zika e 153 casos de chikungunya no DF. Em 2015, duas pessoas tiveram zika e 14 chikungunya, de acordo com a pasta.
Uma pessoa morreu por conta de chikungunya no DF. As regiões com mais casos da doença em 2016 foram Ceilândia (22), Taguatinga (17) e Samabaia (15).
Em relação ao zika, 42 mulheres grávidas foram infectadas pelo vírus da doença em 2016, no DF. Delas, 38 tiveram os bebês, sendo que 34 deles não apresentaram nenhum sintoma relacionado à doença. Dois recém-nascidos, porém, morreram em consequência da má formação causada pelo vírus da zika. Outros dois casos ainda estão, de acordo com a pasta, sob investigação.
As regiões do DF com mais casos de Zika são Taguatinga (31), Asa Norte (13), Asa Sul (12), Guará (12) e Lago Norte (12).
Aedes
Tanto a dengue, quanta a zika e a febre chikungunya são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da febre amarela e do mayaro. Considerada uma das espécies mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o mosquito – que tem nome significando “odioso do Egito” – é combatido no país desde o início do século passado.
No Brasil, ele chegou a ser erradicado duas vezes no século passado. Na década de 1950, o epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz comandou uma campanha intensa contra ele no combate à febre amarela. Em 1958, a Organização Mundial da Saúde declarou o país livre do Aedes aegypti.