Dados do governo apontam que até outubro do ano passado, 81,9% dos moradores estavam imunizados. Em 2015, mais de 90% da população havia sido vacinada.
A imunização contra a febre amarela no Distrito Federal atingiu 81,9% da população até outubro de 2016, índice menor do que em 2015 quando 91,7% da população aderiu à vacinação. Em relação aos números, a secretaria afirmou que quando forem consolidados os dados de novembro e dezembro, é possível que a imunização ultrapasse os 91,7% registrado em 2015.
De acordo com a pasta, em 2017 não foram registrados casos da doença no DF, mas em 2016 foram 24 notificações e oito macacos morreram infectados. Os animais foram encontrados no Jardim Botânico, Lago Sul e Candangolândia.
A Secretaria de Saúde do DF informou que publicará uma nota técnica para alertar os profissionais sobre a importância da notificação dos casos suspeitos e ressaltar a necessidade de vacinar a população.
Em 2015 houve o primeiro aumento nos registros de febre amarela no DF desde o surto de 2007. Foram 38 notificações e dois óbitos. Uma das vítimas foi um jovem de 22 anos que apresentou sintomas da doença em Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás e foi transferido para o Distrito Federal. A outra vítima também apresentou sintomas após uma viagem e foi internado quando retornou de uma pescaria no rio Araguaia.
A febre amarela voltou a chamar atenção no final de 2016 e neste início de janeiro, após a morte de 53 pessoas em Minas Gerais com suspeita da doença e dois casos no noroeste paulista. Nesta segunda-feira (16), foram notificadas duas suspeitas de contaminação da doença no estado do Espírito Santo, em municípios próximos a Minas Gerais. O Ministério da Saúde já investiga 184 casos de pacientes internados com suspeita de febre amarela silvestre.
A doença
O Ministério da Saúde enviou mais 25 mil doses da vacina para o DF. A Secretaria de Saúde afirmou que a imunização contra a febre amarela está disponível em todos os centros e postos de saúde. A recomendação é que a partir dos noves meses a criança já seja imunizada com reforço aos quatro anos de idade. Para os adultos a vacina é feita em dose única de dez em dez anos.
A doença é transmitida pela picada de mosquitos silvestres e pelo Aedes aegypti — que também transmite dengue e febre chikungunya. O período de incubação do vírus varia de três a seis dias.
Os sintomas se parecem com os de uma gripe. Além de febre, há amarelão na pele e nos olhos, dores de cabeça e no corpo e calafrios. O vírus pode ainda atacar fígado e rins, provocando crise de vômito e diarreia. Em estágio grave, o paciente pode deixar de urinar e apresentar sangramentos e confusão mental.
Quem apresenta os sintomas deve procurar um médico e relatar se viajou nos 15 dias anteriores para áreas de mata ou próximas a rios. O indicado é permanecer em repouso e fazer reposição de líquido.