Assembleia terminou ao meio-dia; professores não aceitaram proposta do GDF. Governo ofereceu R$ 100 milhões, de acordo com disponibilidade do caixa, para quitar licenças-prêmio.
Prestes a completar um mês de paralisação, os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal decidiram continuar a greve iniciada em 15 de março. A categoria se reuniu na manhã desta quinta-feira (6), em assembleia em frente ao Palácio do Buriti, para debater as propostas apresentadas pelo Governo do DF na última quarta (5).
O GDF informou que recebeu representantes dos servidores pela 12ª vez na tentativa de firmar um acordo para encerrar a paralisação e ofereceu o pagamento de até R$ 100 milhões, de acordo com a disponibilidade do caixa do GDF, para quitar, por exemplo, as licenças-prêmio. A proposta não foi aceita pela categoria.
O governo informou que manterá o compromisso de não adotar a nova lei da terceirização na atividade fim da educação, disse que não encaminhará propostas de reforma previdenciária do funcionalismo distrital sem antes discutir o assunto com a sociedade, e reiterou que fará o pagamento dos dias parados de acordo com a reposição das aulas.
Segundo o diretor do Sindicato dos Professores Samuel Fernandes, as proposições estabelecidas pelo governo não atendem as reivindicações da categoria. “Até hoje, o GDF não apresentou algo concreto aos servidores”, disse Fernandes.
O governo diz que não tem como atender os demais pedidos dos professores por causa da crise financeira da capital.
Os educadores iniciaram a paralisação para reivindicar o pagamento da quarta parcela do reajuste salarial. A medida foi prometida pelo governo Agnelo (PT-DF) e deveria ter sido paga em outubro do ano passado. Desde o início da movimentação, o GDF alegou não ter condições financeiras de arcar com o reajuste reivindicado pelos professores.
No último dia 27, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal decretou a ilegalidade da greve. Com isso, a Justiça estabeleceu que toda a categoria deve voltar às atividades imediatamente. A decisão judicial também estabelece o corte dos dias faltados. Em caso de desrespeito, a multa prevista é de R$ 100 mil por dia.