Comissões terão prazo inicial de 60 dias. Depoimentos apontam irregularidades no BRT Sul, Centro Administrativo, Jardins Mangueiral e Estádio Mané Garrincha.
O governo do Distrito Federal abriu processos de apuração contra 17 empresas fornecedoras suspeitas de algum tipo de ligação em irregularidades apontadas pela delação da Odebrecht. Ao todo, foram instauradas 23 apurações internas.
Se forem comprovados os desvios, as empresas podem ter de pagar multa e ser declaradas inidôneas, ficando impedidas de contratar com a administração pública.
Por meio do depoimento de ex-executivos, as delações da Odebrecht indicaram irregularidades no BRT Sul, Centro Administrativo, Jardins Mangueiral e Estádio Mané Garrincha.
As sindicâncias foram publicadas no Diário Oficial de sexta-feira (19), a mando da Controladoria-Geral do DF. Inicialmente, elas terão prazo de 60 dias para apresentar algum resultado – podendo haver prorrogação.
Para dar conta dessas investigações administrativas, foram mobilizados dez servidores com experiência em comissões do tipo. Sete deles foram “convocados” por outros quatro órgãos: Terracap, Secretaria de Cultura, Secretaria de Saúde e Secretaria da Casa Civil.
Segundo a Controladoria, foi também instaurado um Procedimento de Investigação Preliminar (PIP) de caráter sigiloso para “aprofundar as investigações quanto a agentes públicos identificados pelo Grupo de Ações Integradas de Controle”. O prazo é de 30 dias.
Investigação
Essas 23 novas sindicâncias derivam de um processo principal, que também apura a responsabilidade de políticos ou indicados políticos envolvendo as quatro obras mencionadas nas delações.
Entre os alvos estão o ex-secretário de Obras Márcio Machado, o ex-governador José Roberto Arruda, o ex-vice-governador Tadeu Fillippelli, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Hermano Gonçalves de Souza Carvalho, o ex-governador Agnelo Queiroz e o ex-secretário de Habitação Geraldo Magela.