A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando o caso do roubo de R$ 100 mil sofrido por um assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN). O crime aconteceu às 13h do último dia 13 de junho, na via L4 Norte, em Brasília.
“Não me perguntem sobre a origem do dinheiro. A polícia ainda está apurando os fatos. Todas as circunstâncias do crime serão investigadas. A autoria, a materialidade, o fato de ter essa quantia de dinheiro, R$ 100 mil, ser transportada sem qualquer segurança, tudo isso vai ser apurado”, afirma o delegado-chefe da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), Fernando César Costa.
Ele disse que os R$ 100 mil foram sacados de um banco de Brasília três dias antes do assalto. Costa afirma que os criminosos sabiam que a vítima estava com o dinheiro e que tinham “informações privilegiadas”. Segundo o delegado, funcionários de um clube próximo ao local do assalto viram a ocorrência e serão interrogados.
Costa disse que foi a própria vítima quem informou a polícia sobre o crime, logo após a ocorrência. O assessor compareceu à delegacia no dia do assalto. Ele foi intimado a dar novo depoimento à polícia nesta quinta-feira (4), mas não apareceu.
Na ocasião, os suspeitos deram uma fechada no veículo onde estavam o assessor, a mulher e uma filha dele. O carro da vítima bateu na traseira do Strada branco conduzido pelos criminosos. Quando o assessor parlamentar desceu para ver o estrago no veículo, duas pessoas fizeram a abordagem. Os ladrões apresentaram distintivos e se identificaram como sendo policiais. Os dois estavam armados com pistolas.
O delegado disse que não é possível dizer se os suspeitos fazem parte da Polícia Civil do DF. Todos os fatos estão sendo investigados, segundo ele. Costa disse que a polícia acredita que mais pessoas estão envolvidas no crime. O caso chegou à DRF no dia 22 de junho. Inicialmente a ocorrência foi registrada na 2ª DP.
Além da maleta com os R$ 100 mil, os criminosos levaram um iPad e um iPhone que estavam com a mulher e a filha do assessor. O iPad foi deixado em uma quadra do Lago Sul e o iPhone foi jogado em um estacionamento da Universidade de Brasília (UnB). A perícia apontou que os suspeitos não deixaram digitais nos equipamentos.
O veículo utilizado pelos suspeitos tinha placa fria. Segundo o delegado, a polícia não tem pistas sobre os criminosos. “Não temos retrato-falado, as vítimas deram descrições muito genéricas deles. Vamos aguardar o laudo pericial no veículo e continuar as investigações”, disse Costa.