Ao menos 8 mil pessoas deixaram de trabalhar no setor em 2015. Apesar da redução de empregados, número de empresas aumentou.
O número de pessoas que trabalham no setor da construção civil apresentou queda 8.347 empregados entre 2014 e 2015, de acordo com a Pesquisa Anual da Indústria da Construção de 2015, divulgada nesta quarta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Em 2014, o DF tinha 53.188 pessoas empregadas no setor. Já em 2015, o número caiu para 44.842. Apesar disso, o número de empresas que atuam neste ramo DF aumentou de 1.313 para 1.348.
Mesmo com a diminuição de trabalhadores no setor, o DF continua sendo a segunda região do Centro-Oeste com maior número de empresas e de empregados, ficando atrás apenas de Goiás, que lidera o ranking na região, com 2.010 empresas e 65.764 trabalhadores em 2015.
Os dados mostraram que a região Centro-Oeste, de forma geral, também apresentou queda, entre 2014 e 2015, no número de pessoal ocupado,aqueles que estão empregados. Em 2014, 211.397 pessoas estavam empregadas na construção civil. Já em 2015, o número caiu para 175.400, o que representa 35.997 pessoas a menos. Também houve dimuição do valor das incorporações, obras ou serviços da construção, que foi de R$ 34.457.804 para R$ 29.478.013.
O DF manteve a média nacional que apresentou aumento no número de empresas ativas no setor de construção civil entre 2014 e 2015, e queda de pessoas empregadas nesse segmento diminuiu. O IBGE aponta que os resultados ruins da construção civil refletem a fraqueza da economia, com queda na demanda dos consumidores, juros altos e menos acesso ao crédito.
A pesquisa foi realizada com dados referentes ao ano de 2015 e divulgada apenas esta semana. O documento traz dados do setor industrial da construção como número de empresas em cada estado, receita do setor referente às regiões e despesas da indústria, por exemplo.
Dados Nacionais
De acordo com dados nacionais, a pesquisa revela que as empresas do setor de construção civil faturaram menos em 2015. A receita operacional líquida de todas as companhias somou R$ 323,9 bilhões, o que representa uma queda real de 18,7%. No ano, as empresas realizaram serviços e incorporações que somaram R$ 354,4 bilhões, o que significa queda de 16,5% na comparação com 2014.
Em 2015, também diminuiu a proporção de obras contratadas pelo governo. No ano, 30,6% do valor corrente dos serviços de construção veio de obras contratadas por entidades públicas, contra 33,9% em 2014.