Filmes premiados e que investem na exploração de temas ligados a mulheres são os destaques
Estreantes na condução de longas-metragens, as talentosas Cristiane Oliveira e Leandra Leal assinam, respectivamente, Mulher do pai e Divinas divas, filmes premiados e que examinam a condição de mulheres e artistas no cenário nacional. Confira o extenso cardápio de opções nas telonas:
Mulher do pai
Ambientado nas cercanias do Uruguai, mas em território brasileiro, o primeiro longa de Cristiane Oliveira rendeu à cineasta o prêmio de melhor direção no Festival do Rio. Na trama, Ruben (Marat Descartes) tem que superar limitações físicas, enquanto vê a filha Nalu (Maria Galant) trilhando a possibilidade de emancipação, num cenário pouco favorável, no interior gaúcho.
Frantz
Candidato ao Leão de Ouro, no Festival de Veneza do ano passado, Frantz tem direção de François Ozon (8 mulheres e Ricky), que, para o filme, teve como base roteiro criado a partir de peça criada por Maurice Rostand. Ambientada ao fim da Primeira Guerra Mundial, a fita mostra o constante encontro de dois desconhecidos, em frente ao túmulo de um soldado morto. Pouco a pouco, há promessa de maior afinidade entre Anna e Adrien.
Na vertical
Selecionado para o Festival de Cannes de 2016, o filme de Alain Guiraudie (renomado autor do longa Um estranho no lago) trata de uma cisão e de uma reconstrução familiar. Na trama, um cineasta se apaixona por uma pastora de ovelhas. Depois do nascimento de um filho, Marie, inesperadamente, abandona Leo. Ele deverá cuidar da criança e dos avanços na carreira.
Ao cair da noite
Famoso por filmes como Reino animal, o ator Joel Edgerton estrela este suspense pesado, comandado por Trey Edward Shults — dois anos depois de o diretor ter sido aclamado com o longa Krisha. Na trama de terror generalizado, um pai de família encara situações que o colocam no limite, depois de acolher uma família desesperada por uma suposta perseguição.
Meus 15 anos
A antevisão de uma festa sem muitos convidados leva a aniversariante Bia à loucura. Sem muita popularidade na escola, na trama do longa encabeçado por Larissa Manoela e Rafael Infante, Bia contará com a boa vontade e as ações efetivas do pai Edu e do inseparável amigo dela, Bruno.
Nunca me sonharam
Cacau Rhoden conduz este documentário que contempla a situação dos jovens estudantes frequentadores de escolas públicas. Avanços das atividades docentes e inquietações com as perspectivas de futuro são algumas das abordagens prometidas pelo longa-metragem.
Divinas divas
Oito artistas que somam mais de 50 anos de atuação no campo cênico, como símbolos de precursores do travestismo no Brasil, estão alinhados neste documentário que marca a estreia da atriz Leandra Leal como diretora. Destaques, entre outros, para as presenças de Rogéria e Eloína dos Leopardos, constantes artistas que ocuparam o palco do Teatro Rival.