‘Ideia é trocar conhecimentos e saberes’, diz diretora do coletivo, Janete Vaz. Reuniões em Brasília serão mensais; inscrições estão disponíveis na internet.
Um grupo Mulheres do Brasil inaugurou, na última segunda-feira (14), um núcleo no Distrito Federal. O objetivo do projeto, que já tem outros 13 núcleos espalhados pelo país, é discutir temas e políticas públicas para as áreas de combate à violência, discriminação racial e incentivo ao empreendedorismo feminino.
Todas as mulheres podem participar dos encontros mensais do grupo. A inscrição pode ser feita no site do projeto. A abertura do evento teve a presença de empreendedoras, executivas, parlamentares, donas de casa, líderes comunitárias, representantes de ONGs, jornalistas e estudantes.
Diretora do grupo, a empresária Janete Vaz estima que incialmente 200 mulheres participem dos encontros. O número deve aumentar no decorrer do ano. A primeira reunião será em 22 de agosto.
“Esse grupo nasceu com 40 mulheres e hoje somos mais de 5 mil.”
A iniciativa serve para encorajar e fortalecer o protagonismo da mulher e pensar soluções para o país. O Mulheres do Brasil tem projetos próprios, mas também faz parcerias com instituições. O grupo ainda intermedia contato com o Executivo, Legislativo e Judiciário.
“Vamos trabalhar a coletividade, a capacidade da mulher de gerar oportunidade, de gerar conhecimento, de gerar uma forma e caminhos novos para que outras mulheres possam achar seu rumo e sua direção e conseguir vencer com autonomia, cabeça erguida e orgulho de si mesma”, disse Janete.
As mulheres serão divididas em grupos temáticos – saúde, educação, cultura, combate à violência, entre outros –, assim como acontece em São Paulo. “A ideia é que nesses encontros a gente possa ter uma troca de conhecimento, de saberes. Vamos levar alguém para explicar os projetos ou dar palestras”, afirmou a líder do grupo, a economista Dulcejane Vaz.
Um dos comitês é chamado “80 em 8”. Dulcejane explica que a tendência é de que um número significativo de mulheres só ocupe altos cargos de liderança no país em 80 anos. A proposta é diminuir esse intervalo para oito anos. “A ideia é acelerar o processo e criar condições para que as mulheres possam cada vez ascenderem aos cargos que elas têm potencial capacidade de exercer.”
“Empoderar uma mulher é fazê-la sentir confiante, autônoma para fazer suas escolhas. É permitir que ela seja o que ela quer ser e dar condições para que ela seja protagonista da sua história”.
Mulheres do Brasil
O grupo foi fundado em São Paulo, em 2013, pela empresária Luiza Trajano. Desde então, reúne mulheres de vários segmentos da sociedade. Ao todo, são cerca de 5 mil participantes.