Teatro será reformado em três etapas, sendo a primeira concluída em novembro; Renato Russo reabre em março de 2018. Cronograma faz parte de projeto de revitalização da Secretaria de Cultura.
O Teatro Nacional e o Espaço Cultural Renato Russo, fechados há pelo menos três anos no centro de Brasília, serão reabertos até março de 2018, segundo o governo do Distrito Federal. A reinauguração dos espaços está no cronograma de um projeto da Secretaria de Cultura que prevê a revitalização de espaços culturais públicos da capital.
O programa “Lugar de Cultura”, lançado nesta terça-feira (29), também inclui a revitalização do Memorial dos Povos Indígenas, da Concha Acústica, do Centro de Dança e do Museu de Arte de Brasília (mais informações ao final da reportagem).
No Teatro Nacional, fechado desde 2014, a reforma deve começar em dezembro deste ano, segundo o GDF. Para antecipar a reabertura, a restauração será feita em três etapas e, logo após a finalização de cada uma, os espaços serão abertos.
O primeiro será o foyer da sala Villa-Lobos, que deve reabrir ainda em novembro deste ano, de acordo com o cronograma da Secretaria de Cultura. O espaço poderá abrigar atividades culturais como mostras, saraus e lançamentos de livros.
Já o Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, fechado desde 2013 por falta de segurança das estruturas, deve ser reaberto em março do ano que vem, segundo previsão da secretaria. Em novembro de 2017, será lançado um edital de ocupação.
O prazo de entrega da reforma, que começou em setembro de 2016, foi adiado duas vezes – sendo esta previsão a terceira.
A reforma completa inclui intervenções nas salas multiuso, nos teatros “Galpão” e “Galpãozinho”, na Biblioteca das Artes, no foyer e nas estruturas do prédio, incluindo construções de acessibilidade. A verba investida é de R$ 5,6 milhões.
Teatro Nacional
Após a inauguração do foyer, as obras serão direcionadas para a sala Martins Pena, que deve ser reaberta até o final de 2018 – o mês não foi especificado pelo governo. A reforma da Villa-Lobos começará logo em seguida, segundo a pasta, ainda no fim do ano.
Para efetivar a reforma da Martins Pena, o GDF informou que vai lançar um edital em setembro para selecionar uma organização da sociedade civil que seja parceira no processo. A vencedora ficará responsável por captar recursos por meio da Lei Rouanet.
A lei pode ser usada por artistas, produtores, técnicos e, ainda, por pessoas jurídicas, desde que tenham a cultura como foco de atuação. No caso do Teatro Nacional, a autorização para uso do mecanismo foi “excepcional”, segundo o ex-ministro da Cultura Roberto Freire.
Em janeiro deste ano, quando se reuniu com o governador Rodrigo Rollemberg para definir custos e prazos da reforma, ele afirmou que as obras no teatro poderiam receber esse tipo benefício porque representam um “recuperação de um bem de valor cultural para o Brasil”.
A reforma do teatro será realizada em cooperação com Instituto Euvaldo Lodi do Distrito Federal (IEL-DF) e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops). Segundo informou o secretário de Cultura, Guilherme Reis, em abril, a reabertura do espaço deve gerar economia de metade do preço inicial estimado para reformas, de R$ 220 milhões.
Lugares de cultura
O programa “Lugar de Cultura” tem como foco o investimento em infraestrutura, com recuperação e manutenção dos espaços; aplicação de modelos de gestão que incluam a participação social; e a sensibilização de novos públicos por meio de ações de incentivo. Previsto na Lei Orgânica da Cultura, o programa ainda está em tramitação na Câmara Legislativa do DF.
Além da reforma do Teatro Nacional e do Espaço Cultural Renato Russo, o cronograma também prevê a revitalização de outros espaços culturais, como o Memorial dos Povos Indígenas, que passará a administrado pelo governo em parceria com uma organização civil.
O Cine Brasília – palco do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e atual residência da Orquestra Sinfônica de Brasília – vai ganhar um café que será escolhido por meio de edital. A data de liberação do processo não foi divulgada pelo governo.
Entre os editais de chamamento público para ocupação dos espaços estão o da Concha Acústica e o do Centro de Dança, que deve ser reinaugurado ainda em outubro deste ano.
A Secretaria de Cultura também quer criar um acesso para carros ao Conjunto Cultural da República, que abriga o Museu e a Biblioteca Nacional.