Segundo presidente da companhia, objetivo é verificar se há vazamento e checar peças da estrutura. Andamento está em 80%.
Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) vai começar a fazer os primeiros testes na obra emergencial de captação de água do Lago Paranoá no fim da próxima semana. A informação é do presidente da Caesb, Maurício Luduvice.
“Vamos ver se não tem vazamento, checar reaperto, ver se a estrutura está estanque, avaliar o funcionamento dos equipamentos, por exemplo”, explicou Luduvice.
Segundo ele, se os testes indicarem algo fora do padrão, a empresa responsável pelas obras terá de fazer os consertos. Isso sem custo adicional para o governo. A estrutura vai sair por R$ 42 milhões aos cofres públicos.
Luduvice afirmou ainda que as obras estão em dia, com 80% concluídos. “Está na reta final de montagem. E aí só faltaria a urbanização [cobrir o terreno com grama, por exemplo].”
Quando o sistema começar a funcionar, deve retirar 700 litros do Lago Paranoá por segundo para reforçar inicialmente o abastecimento das regiões que atualmente recebem água do sistema Santa Maria/Torto.
Apesar de ser uma obra emergencial, a Caesb avalia que pode manter a estrutura funcionando por mais tempo. Algumas peças inclusive podem ser reaproveitadas.
Funcionamento
O circuito, que funciona com energia elétrica, vai puxar a água do Paranoá e transportá-la para uma estação de tratamento (que poderá ser desmontada), composta por membranas de ultrafiltração. Essas membranas, instaladas em cointêineres, vão ficar perto da margem do lago.
Depois de tratada, a água será bombeada para dois reservatórios ligados à rede que abastece o DF. O volume captado irá abastecer Lago Norte, Varjão, Paranoá, Itapoã, Taquari e Sobradinho 2 e desafogar o reservatório de Santa Maria. Um sistema de bombas também será instalado para interligar o tanque ao do Descoberto, o mais atingido pela crise hídrica.