Segundo a peça, o advogado Eraldo Pereira e o sargento do Corpo de Bombeiros Noé Albuquerque Oliveira assumiram o risco de matar ao dirigirem após ingestão de bebidas alcoólicas. Segundo as investigações, assim que eles entraram na L4 Sul, vindos de uma festa de aniversário em uma lancha do Lago Paranoá, iniciaram uma disputa automobilística, em alta velocidade, fazendo ultrapassagens em zigue-zague até o momento da colisão.
Um terceiro carro acompanhava a dupla. Ele era conduzido por Fabiana de Albuquerque Oliveira, irmã de Noé, que no dia do acidente dirigia um Chevrolet Cruze. Ela, que é militar e ocupa o cargo de primeiro-tenente no Exército Brasileiro, não foi citada no indiciamento.Alta velocidade
O Jetta que provocou a tragédia na L4 Sul estava a 110 km/h no momento da colisão, de acordo com laudo do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil. O carro dirigido por Eraldo Pereira atingiu o veículo em que estava a família. O outro veiculo envolvido no acidente era uma Range Rover Evoque, conduzida por Noé Albuquerque Oliveira.
A informação do laudo contradiz o depoimento de Eraldo. À polícia, o motorista do Jetta negou ter ingerido bebida alcoólica, estar em alta velocidade e, principalmente, disputar um racha com qualquer outro veículo envolvido na tragédia. Relatou que perdeu o controle ao mudar de faixa na L4 Sul. Disse não ter percebido quando o veículo do lado freou, e acabou “dando um toque” na traseira do carro, o Fiesta.
O laudo também apontou a velocidade em que o carro da família estava — 60km/h –, abaixo dos 80km/h, velocidade permitida na via. A suspeita é de que dois carros participavam de um racha e provocaram a colisão. O carro em que estavam as vítimas foi arrastado por cerca de 18 metros.