Ação atende recomendação do MPF que também pede remoção em monumentos tombados, como Palácio da Alvadora. Grades poderão ser recolocadas em ações de proteção ao patrimônio.
As grades que faziam a proteção do Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, foram retiradas na manhã desta quarta-feira (4) para permitir a livre circulação. A medida estava em discussão há meses entre o Executivo, a Casa Militar e a Secretaria de Segurança.
De acordo com o GDF, as grades poderão ser usadas temporariamente em situações que comprometam a “integridade das pessoas e do patrimônio público”.
O especialista em urbanismo e professor da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Flósculo disse que a retirada das grades é um “profundo alívio”, mas que também representa um aumento de gastos em recursos humanos para a contratação de pessoas para fazer a segurança do prédio.
“O que sempre nos intrigou é que a segurança, principalmente dos palácios, não foram replanejadas e repensadas. Aquelas grades viraram um lixo deixado lá pelas autoridades que não querem trabalhar”, afirmou o professor.
“Eles não têm o menor escrúpulo em tornar a capital esse lixão de segurança improvisada.”
Ainda segundo informações do GDF, essa ação atende a uma recomendação feita pelo Ministério Público Federal para que também sejam retiradas as grades que ficam ao redor de monumentos tombados na cidade, entre eles os palácios do Planalto, da Alvorada e o Supremo Tribunal Federal (STF).