Beatriz de Souza Santos foi atropelada por um motociclista quando atravessava o Eixo Monumental, em frente ao Palácio do Planalto
Sob forte clima de comoção, parentes e amigos se despediram, na manhã desta terça-feira (31/10), de Beatriz de Souza Santos, 56 anos, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. A servidora pública morreu após ser atropelada por uma moto, no domingo (29), em frente ao Palácio do Planalto.
Ela havia saído do Centro Cultural Três Poderes, na praça homônima, onde trabalhou naquele dia. Quando atravessava, foi atingida por uma motocicleta que trafegava em alta velocidade.
Quem conduzia o veículo era o tenente do Exército Brasileiro Rogério Soares Carvalho Silva, de 38 anos. O oficial chegou a ser levado com vida ao Hospital de Base do DF (HBDF), mas morreu minutos após receber os primeiros atendimentos. O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (Região Central).
Beatriz era concursada da Secretaria de Cultura do Distrito Federal há 32 anos, morava em Águas Claras e deixa um filho. Muito abalado, o servidor público Itamar Ferreira, colega de trabalho da vítima, disse que ela era uma pessoa muito querida, bem-humorada e tinha bom convívio com todos. “Sentimos muita tristeza. Era uma colega de trabalho exemplar, íntegra e justa. O que aconteceu foi uma tragédia. Agora, temos de orar por quem ficou”, lamentou.
Itamar comentou que os parentes estão consternados. “A dor da perda é grande. Eles querem entender o que aconteceu. Infelizmente, duas famílias foram destruídas nesse acidente. Muita tristeza perder uma pessoa tão querida”.
A servidora aposentada Estela Reis, 57, conhecia Beatriz há 30 anos e a descreveu como parceira. “Ela era uma amiga de todas as horas, prestativa e alegre. Ainda não dá para acreditar no que aconteceu. A todo momento acho que vamos acordar desse susto e ela vai voltar”.
Busca por imagens
A Polícia Civil afirma que uma das causas do atropelamento pode ter sido a alta velocidade, mas não descarta outros motivos. “Não há ainda como concluir que o motociclista estava rápido demais. Somente a perícia poderá definir isso ou não. Buscamos imagens de câmeras justamente para saber se ele foi fechado ou se derrapou”, disse o delegado-chefe da 5ª DP, Rogério Rezende.
A perícia deve ser finalizada de 10 a 15 dias. Já os laudos do Instituto Médico Legal (IML), que poderão indicar se o motociclista estava embriagado no momento da tragédia, ficarão prontos em, aproximadamente, um mês.