Um morador de Sobradinho de 65 anos por muito pouco não perdeu a chance de receber um novo coração. Na fila de transplante há dois anos, ele recebeu uma ligação do Instituto de Cardiologia do DF (ICDF) de que poderia fazer a cirurgia nesta quarta-feira (29/11), desde que chegasse à unidade até as 7h. O telefonema foi dado às 6h. Porém, em função do congestionamento na via que liga a cidade ao hospital, viu que não chegaria a tempo.
A mulher dele acionou a Polícia Militar e o casal foi resgatado por uma viatura da corporação e conseguiu chegar no horário determinado. Segundo o ICDF, o paciente entrou no centro cirúrgico por volta das 11h30.
O hospital informou ser normal que as pessoas na fila de um transplante sejam acionadas a qualquer hora do dia ou da noite, já que não há previsão de quando um coração será disponibilizado. Caso o doente da vez não possa receber o órgão, o seguinte da fila é acionado.
O sargento Valdireno, que atuou na ocorrência, contou que a mulher do paciente chamou um táxi assim que o hospital fez contato. Ao chegar na BR-020, entretanto, o motorista viu que não daria tempo de chegar no horário previsto. Desesperada, ela ligou para o 190 e pediu ajuda.
“Pisa fundo”
“Ficamos muito sensibilizados. Tentamos acionar o helicóptero, mas a logística poderia demorar ainda mais. Então, coloquei o casal na viatura e falei para o meu parceiro ligar a sirene e pisar fundo no acelerador. Chegamos em 15 minutos”, disse.
O militar lembrou que o homem até que estava calmo diante do problema. “Mas a mulher dele estava em pânico. Eu falei para ela ter fé em Deus que tudo daria certo”, completou.