Por envolvimento com a Caixa de Pandora os três deputados distritais condenados contam com a provável calmaria desta segunda quinzena de julho, com a redução das manifestações de rua, para colocar panos quentes na possibilidade de abertura de processos ético-disciplinares de cassação por quebra de decoro parlamentar. Hoje, há três requerimentos em curso na Câmara Legislativa.
Além disso, quem não pretende ver a investigação avançar também se movimenta com o intuito de pressionar os membros da Mesa Diretora para que não encaminhem para a Corregedoria-Geral da Casa pedido contra Rôney Nêmer (PMDB), Aylton Gomes (PR) e Benedito Domingos (PP). O documento é o mais adiantado, deu entrada em maio. Os componentes da Mesa estão divididos quanto à questão, que já teve parecer favorável da Procuradoria-Geral para ser mandado para o corregedor, deputado Patrício (PT).
O presidente da Casa, Wasny de Roure (PT), chegou a convocar uma reunião extraordinária da Mesa no início do mês, já durante o recesso, mas somente ele e o segundo-secretário, Professor Israel Batista (PEN), compareceram ao encontro. À época, o vice-presidente, Agaciel Maia (PTC), estava fora de Brasília e a primeira-secretária, Eliana Pedrosa (PSD), não quis participar. Na semana passada, o presidente conversou com o vice e, nem assim, foi possível chegar a um acordo. Wasny disse que era preciso seguir o que manda o protocolo e encaminhar o caso para a Corregedoria, pois a Mesa não analisa o mérito. Agaciel, no entanto, entendeu que era preciso analisar o caso com cuidado, e somente na reabertura dos trabalhos, em agosto. A primeira reunião do colegiado está marcada para 7 de agosto.