O maior aeródromo privado do Distrito Federal saiu do papel em apenas dois anos cercado de irregularidades, mas sem nenhuma fiscalização das autoridades. Em uma área pública e rural, idealizada para servir como um cinturão verde do quadrilátero da capital, foram construídos 65 hangares sem a autorização do governo.
As dimensões do empreendimento, que atraiu empresários e poderosos, chamam a atenção. Mas, apesar da grandeza do negócio, nenhum órgão do GDF fiscalizou a área desde que começaram as obras. A Administração de São Sebastião e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concederam autorização para operações na pista do aeródromo, mas não há alvará para as garagens destinadas a aeronaves. Aliás, o próprio documento da Anac está próximo de vencer: foi emitido em setembro de 2010 e tem três anos de validade. O governo promete agora apurar a venda de lotes para a construção de hangares e a edificação da infraestrutura.
O Aeródromo Botelho, aberto em São Sebastião, às margens da BR-251, já é o segundo maior terminal do DF. A demanda por espaços para pousos e decolagens e para guardar aeronaves impulsionou o negócio. Mas o aeroporto privado foi construído em uma antiga fazenda, na área rural da cidade, local que deveria ser destinada a atividades agrícolas. A Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), dona das terras, quer saber como foram negociadas as parcelas hoje ocupadas por hangares. No terreno, há faixas de anúncios de terrenos, que são negociados por até R$ 100 mil. Segundo os proprietários do aeroporto, os lotes são apenas arrendados e as operações realizadas na pista de pouso e decolagens não são cobradas, seguindo as regras da Anac para abertura e operação de aeródromo
Diante das acusações como é que um governo permite a construção de um aeroporto privado bem debaixo do nariz do governo? e sem autorização para a construção dos hangares?no minimo vemos que alguma autoridade tem interesse nesse aeroporto ,pois pelo contrario ele não teria sido contruido, e hoje está em plena atividade