A Novacap fez uma lavagem de alta pressão com água bruta, imprópria para consumo nas muretas do monumento, na divisão para pedestres e no arco
A Ponte JK foi interditada na manhã desta terça-feira (16/1) para um teste. A Novacap fez uma lavagem de alta pressão com água bruta, imprópria para consumo. Os trabalhos começaram por volta das 10h. O objetivo era verificar se o líquido isento de produtos químicos seria o suficiente para o procedimento de limpeza. O presidente da Novacap, Júlio Menegotto, e o diretor administrativo da companhia, Marcos Aurélio Lisboa, vão se reunir para discutir sobre a eficácia do procedimento.
O teste ocorreu na parte de baixo da ponte, nas muretas do monumento, na divisão para pedestres e no arco. Além da lavagem, o processo licitatório para manutenção da JK está em andamento e deverá começar por volta de julho de 2018. “É necessário lembrar que essa limpeza não é apenas para viés estético, mas principalmente técnico e de manutenção”, disse Menegotto.
O presidente contou que a limpeza completa da Ponte começará em 9 de fevereiro, quatro dias antes do carnaval. Na ocasião, além da Novacap, funcionários do Corpo de Bombeiros, Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran DF) e Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU) vão auxiliar na manutenção.
A lavagem contará, ao todo, com 80 pessoas e se estenderá, inicialmente, por quatro dias seguidos. “Isso pelo fato de que dividimos a ponte em quatro partes. Será de 80 a 100 horas de trabalho. Os bombeiros instalarão cordas nos arcos para que não haja perigo”, completou o presidente da Novacap. Se a limpeza com água bruta não funcionar, funcionários usarão água quente e produtos químicos biodegradáveis.
Por conta do procedimento, o trânsito se manteve interditado no Esplanada dos Ministérios- Lago Sul. O fechamento foi feito pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran).
Importância
Desde a inauguração, em dezembro de 2002, a Ponte JK passou por limpeza somente em duas ocasiões. A última lavagem ocorreu em maio de 2014, época em que o Brasil começava a se preparar para a Copa do Mundo.
Quem fazia exercício físico pela região não deixou de reparar no trabalho da equipe da Novacap. O empresário Vinícius Goulart, 37 anos, que passa pela região diariamente, concorda com o ato. “É importante limpar. É nosso cartão postal. Quem vai ali para a área de lazer e tenta tirar uma foto já repara no ‘preto’ dos arcos. Estava demorando, inclusive”, opinou o morador da Asa Sul.
Segundo Menegotto, a limpeza-teste estava prevista para 2017, mas não foi feita por conta da crise hídrica. “Essa água utilizada hoje é do Lago Paranoá. Se começássemos a fazer os testes naquela época, as pessoas iriam reclamar. Decidimos fazer agora para que não haja mais contestação”, explicou.