Grupo também é suspeito de participação em tráfico de drogas, diz polícia.
A Polícia Civil do Distrito Federal começou nesta quarta-feira (7) uma operação contra um grupo suspeito de vender armas e drogas em Ceilândia. De acordo com as investigações, o grupo vendia o armamento para que os compradores praticassem crimes como assassinato, latrocínio, roubo e tráfico em diversas regiões do DF.
Ate as 8h30, 17 pessoas foram presas e sete armas de fogo, apreendidas. O principal investigado na ação é um ex-militar do Exército. Segundo a Polícia Civil, ele vendia as armas após obtê-las dos colegas de farda que, afirma a corporação, ainda fazem parte do quadro militar.
Cerca de 200 policiais cumpriram 16 mandados de prisão e outros 16 de busca e apreensão em Ceilândia, Planaltina e Samambaia. Houve, também, oito conduções coercitivas – quando alguém é levado pela polícia a depor.
As investigações começaram em dezembro de 2017, quando a Polícia Civil apurava um roubo a uma casa na QNN 10, também em Ceilândia. Na ocasião, eles mantiveram uma família inteira refém.
Armazém de armas
As investigações da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul) e do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC) receberam o nome de Operação Paiol. Na arquitetura militar, paiol é o local destinado para armazenamento de explosivos e munições.
De acordo com a Polícia Civil, comércios em Ceilândia funcionavam como “paiol” do grupo. Entre as lojas suspeitas, estão uma barbearia, uma distribuidora de bebidas e uma loja de celulares.
Hierarquia do crime
De acordo com o delegado-chefe da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), Victor Dan, nesta associação criminosa cada suspeito tinha funções definidas em posições na hierarquia do grupo:
- Fornecimento: a Polícia Civil investiga se militares do Exército forneciam as armas para o grupo;
- Aluguel e venda: o ex-militar investigado como principal suspeito recebia as armas e as repassava a criminosos;
- Prática de crimes: criminosos roubavam com as armas obtidas. Menores de idade participariam dos crimes:
- Receptação: o ex-militar também recebia os produtos dos roubos, como celulares. Ele costumava trocá-los por munição;
- Recrutamento: um dos integrantes era responsável por recrutar clientes e novos integrantes do grupos;
- Revenda: outro integrante revendia os celulares no mercado local.