Juiz pediu apoio à tropa de choque da PM. Manifestantes se reuniram com reitora da UnB.
A Justiça Federal proibiu uma manifestação marcada para a manhã desta terça-feira (20) dentro das instalações do Hospital Universitário de Brasília (HUB), na Asa Norte. Os manifestantes chegaram a entrar na unidade, mas, quando souberam da decisão liminar (provisória), mudaram de rota. Em caso de descumprimento, a tropa de choque da Polícia Militar poderia ser convocada.
O protesto foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), que pede a adequação da jornada de 30 horas aos servidores, especialmente os plantonistas diurnos da enfermagem.
Como não puderam entrar no hospital, os manifestantes se reuniram, por volta das 10h, com a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão. Os organizadores estimaram presença de 100 participantes no protesto.
‘Ordem pública’
O juiz federal Renato Borelli, da 20ª Vara Federal, deferiu o pedido da empresa responsável pela administração dos hospitais universitários no país. O magistrado alegou que houve “abuso” do direito de manifestação em “detrimento da ordem pública”.
“O direito de manifestar não pode ser conclamado para legitimar o tumulto, através da ocupação desordenada do Hospital Universitário de Brasília, onde circulam centenas de pessoas por dia, inclusive crianças”, escreveu o juiz.
Na decisão, o juiz Renato Borelli obrigou, ainda, o Sintfub a pagar R$ 50 mil em caso de descumprimento.
O HUB informou que entrou com uma ação na Justiça Federal para garantir o acesso dos funcionários ao prédio da Administração do hospital porque “uma das ações previstas pelo Sitfub para o dia de hoje, 20 de março, era a ocupação e bloqueio do prédio para impedir a entrada dos trabalhadores”.
A respeito da flexibilização da carga horária, o hopsital informou que “está em negociação com os trabalhadores para encontrar a melhor solução dentro da legalidade”.