‘Aquilo foi para dar uma estagnada do déficit público, que estava muito alto’, disse em entrevista ao Bom Dia DF. Ele também prometeu rever privilégios a políticos.
Em entrevista ao Bom Dia DF nesta quinta-feira (11), o senador eleito Izalci (PSDB) defendeu a PEC do teto de gastos, mas admitiu a possibilidade de mudança na regra a partir de 2019. Como deputado federal, o político votou pela aprovação da lei, em 2016, que estabelece um limite para o aumento dos gastos públicos por 20 anos.
“Aquilo foi para dar uma estagnada do déficit público, que estava muito alto. Todo ano aumentando. Mas não houve nos últimos dois anos nenhum prejuízo para a educação e a saúde. Os investimentos aumentaram nos últimos dois anos”, declarou.
“Com a entrada do novo presidente, evidentemente, deve alterar tudo isso.”
Izalci também afirmou que, como senador, vai buscar dar “mais sustentação” às universidades públicas. “A maioria delas passa por dificuldade, mas precisamos rever e cobrar um pouco mais da gestão. Muitas universidades carecem de gestão mais eficiente.”
Além disso, o político prometeu combater regalias para políticos. “Temos que tirar o que é privilégio e dar tratamento como para qualquer trabalhador. Isso daí carece de uma mudança”, disse.
Ainda assim, ele não declarou se pretende abrir mão dos próprios benefícios a que terá direito como senador – por exemplo, a verba indenizatória.
Questionado sobre a formação do futuro gabinete, ele afirmou que vai continuar trabalhando “com pessoas com competência para corresponder à expectativa da população”.
“Temos que mudar muito a gestão pública, no Brasil todo. O que está faltando é planejamento, execução mais eficiente. Vamos trabalhar muito bem para representar o DF. Trazer mais recurso, acompanhando a legislação, para melhorar a condição de vida.”
Deputado federal no segundo mandato, Izalci foi eleito para a segunda vaga de senador, com 403.735 votos (15,33% dos votos válidos).
Na quarta-feira (10), a entrevista foi com a senadora eleita Leila do Vôlei, que terminou a disputa em primeiro lugar, com 467.787 votos (17,76% dos votos válidos).
Fonte: G1 DF.